Nos primeiros seis meses de 2025, o Portal da Queixa somou 104.926 reclamações, o que representa um crescimento de 11% face ao mesmo período do ano anterior. A plataforma regista agora uma média diária de 580 queixas e reforça a sua liderança como canal preferencial dos consumidores, ultrapassando novamente os números do Livro de Reclamações Eletrónico.
Entre janeiro e maio, o Portal da Queixa recebeu 89.304 reclamações, enquanto o Livro de Reclamações Eletrónico contabilizou 85.671, segundo dados da Direção-Geral do Consumidor. Em 2024, a diferença já se fazia notar, com a plataforma a registar 224.256 queixas face às 189.767 do canal oficial.
A categoria mais reclamada continua a ser “Correio, Transporte e Logística”, com 11,16% do total, seguida de “Comunicações, TV e Media” (11,08%), “Serviços e Administração Pública” (9,67%) e “Compras, Moda e Joalharia” (6,52%). No que respeita à taxa de resolução, os melhores desempenhos pertencem aos Hiper e Supermercados (79,17%), seguidos de “Correio, Transporte e Logística” (74,48%) e “Água, Eletricidade e Gás” (72,10%).
O relatório semestral revela também um maior equilíbrio entre géneros: 49% das reclamações foram feitas por mulheres e 51% por homens, a maior paridade desde a fundação da plataforma em 2009. Entre os mais jovens, as mulheres lideram: na faixa dos 18-24 anos representam 57,28% das reclamações e nos 25-34 anos, 54,94%.
As marcas mais pesquisadas ao longo do semestre incluem Digi Portugal, E-REDES, UON, IHRU, MEO, NOS, CTT Expresso, Worten, CTT, Uber Eats e Perfumarias Primor. Termos como “encomenda”, “valor”, “resposta”, “situação” e “serviço” refletem as principais preocupações dos utilizadores.
A taxa de retenção de utilizadores da plataforma é de 41,5%, com uma ligeira maioria feminina (43,7%) face à masculina (38,6%). A média geral de avaliação das marcas foi de 4,06 em 10, sendo 3,93 nas avaliações femininas e 4,17 nas masculinas. Apesar de 98,99% das queixas serem feitas em Portugal, há registos de utilizadores no estrangeiro, sobretudo no Brasil, França, Espanha, Suíça e Reino Unido.
“A força da nossa comunidade está na visibilidade e impacto da partilha pública”, afirma Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa. “Somos um canal cívico, próximo e eficaz que, há 16 anos, aproxima consumidores e marcas e contribui para relações mais transparentes e de confiança.”