Segundo a análise da Randstad Portugal com base nos dados do INE, IEFP e Segurança Social, a taxa de desemprego jovem (15-24 anos) em Portugal fixou-se nos 19,5% em maio. Apesar da descida de 3,9 pontos percentuais face a 2024, continua a ser o triplo da taxa nacional (6,3%) e cinco pontos acima da média da União Europeia (14,4%).
Para Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal, “a persistência de uma taxa de desemprego jovem elevada traduz-se no subaproveitamento de recursos qualificados, impactando a produtividade e a estabilidade financeira dos jovens”. A responsável sublinha a necessidade de alinhar as qualificações com as exigências do mercado para facilitar a integração profissional.
Apesar da pressão sobre os mais jovens, o mercado de trabalho manteve-se relativamente estável. A taxa de desemprego geral ficou nos 6,3%, valor idêntico ao de abril. A população empregada recuou ligeiramente (-12.600 pessoas), mas mantém-se acima dos 5,2 milhões. A taxa de emprego caiu para 64,9% e a população ativa fixou-se em 5.554.900.
Os dados do IEFP revelam uma descida de 4,1% no número de desempregados registados face a abril, totalizando 300.905 pessoas. A redução foi transversal a todas as regiões, com destaque para o Algarve (-22,6%) e Lisboa e Vale do Tejo (-3,4%). As ofertas de emprego por preencher aumentaram 7,8%, atingindo 18.133 vagas, sobretudo no setor dos serviços.
No que toca à remuneração, os dados da Segurança Social indicam uma subida homóloga de 5,3% em abril. O salário médio por trabalho dependente situou-se nos 1.520,52 euros. Lisboa continua a liderar com os valores mais elevados (1.776,68€), enquanto Beja e Portalegre apresentam os mais baixos.