No segundo trimestre de 2025, os anúncios de casas para arrendar em Portugal receberam, em média, 17 contactos antes de serem retirados. Trata-se de uma quebra de 45% face ao mesmo período do ano anterior, quando cada casa anunciada atraía cerca de 32 contactos, segundo dados do idealista/data.
Apesar da descida, a pressão sobre o mercado de arrendamento continua elevada. “A procura mantém-se forte, mas houve um ligeiro abrandamento que pode refletir um aumento na oferta de imóveis, e não necessariamente uma quebra no interesse”, explica Ruben Marques, porta-voz do portal imobiliário idealista. No entanto, o preço das rendas subiu 3,5% no mesmo período, mantendo-se inacessível para muitas famílias.
A análise revela que Portalegre foi a cidade com maior número médio de contactos por anúncio (53), seguida por Faro (33) e Évora (32). Em contrapartida, as cidades com menor procura foram Coimbra (7 contactos em média) e Porto (8).
A tendência de queda verificou-se em 18 capitais de distrito ou regiões autónomas. Coimbra lidera com uma quebra de 73%, seguida pelo Porto (-62%), Viseu (-56%), Bragança (-51%) e Lisboa (-49%). Apenas a Guarda (+40%) e o Funchal (+7%) registaram aumentos.
Os dados foram recolhidos pela idealista/data, braço analítico da proptech idealista, que cruza informação da base de dados da empresa com outras fontes públicas e privadas para apoiar decisões estratégicas nos mercados de Portugal, Espanha e Itália.