Europa aposta em tecnologias quânticas com novas estratégias e investimentos

Alemanha, Reino Unido, França, Países Baixos e Espanha lideram na Europa o desenvolvimento de programas nacionais para acelerar a investigação e comercialização da computação quântica.

Foto de Tanu em Freepik

O Quantum Index Report 2025, publicado pelo MIT em colaboração com a Accenture, revela que a Europa está a consolidar a sua posição como um dos polos mais ativos na corrida global às tecnologias quânticas. A Alemanha, o Reino Unido e a França destacam-se no número de programas académicos especializados, enquanto os Países Baixos e a Espanha reforçam as suas estratégias nacionais com investimentos significativos.

O relatório mostra que a Europa representa 22% da produção científica mundial em computação quântica, embora os Estados Unidos e a China mantenham a liderança. No campo das comunicações quânticas, a Alemanha e o Reino Unido surgem entre os países com maior qualidade de investigação, reforçando a relevância europeia nesta área emergente.

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No plano político, a União Europeia continua a apostar no programa Quantum Flagship, mobilizando recursos partilhados entre Estados-membros para desenvolver tecnologias críticas em áreas como redes quânticas, sensores e criptografia pós-quântica. Espanha, por sua vez, anunciou recentemente a sua primeira Estratégia Nacional para as Tecnologias Quânticas, com um investimento de 800 milhões de euros, sinalizando o compromisso crescente da região.

Em paralelo, a educação e a formação de talento são áreas onde a Europa assume uma posição de destaque: a Alemanha lidera globalmente no número de mestrados em tecnologias quânticas, seguida pelo Reino Unido, consolidando uma base de competências essenciais para o futuro da indústria.

Os especialistas do MIT alertam, contudo, para a forte concentração de patentes e investimentos nos Estados Unidos e na China, o que obriga a Europa a acelerar a transição da investigação para aplicações comerciais. Ainda assim, a aposta em estratégias nacionais coordenadas e no reforço do talento coloca o continente numa trajetória promissora para competir na próxima década.

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