Dezoito empresas portuguesas e multinacionais de referência, entre elas AstraZeneca, Bayer, Fujitsu, Sanofi e Accenture, subscreveram os Lisbon Principles for Value Creation durante o Management Summit 2025, que decorreu esta semana em Lisboa. O conjunto de valores pretende orientar líderes empresariais num momento em que a Inteligência Artificial está a transformar funções de gestão e modelos de negócio.
Os princípios assentam em três eixos: criar valor para o cliente em vez de lucros imediatos, promover redes autónomas de competência em vez de hierarquias rígidas e adotar mentalidades adaptativas em vez de processos mecanizados. “As empresas que alinham a gestão com a criação de valor sustentável crescem mais, inovam mais rápido e mantêm equipas mais motivadas. Quem continuar fixo a modelos de comando e controlo arrisca ficar para trás na era da Inteligência Artificial”, afirmou Hugo Lourenço, CEO da The Agile Thinkers e fundador do Management Summit.
O movimento é apoiado por académicos e executivos internacionais, como Richard Straub, presidente do Global Peter Drucker Forum, Steve Denning, ex-executivo do Banco Mundial, Rita McGrath, professora na Columbia Business School, e Michael Lurie, diretor de transformação da Bayer. Estudos da BCG e da Accenture confirmam que organizações centradas na criação de valor crescem até 50% mais rápido, garantem maior rentabilidade a longo prazo e mostram-se mais inovadoras e resilientes face a crises e disrupções tecnológicas.
Os signatários comprometeram-se a aplicar os Lisbon Principles nos próximos meses, partilhando casos de implementação em Portugal, Europa, Ásia e Estados Unidos. O movimento mantém-se aberto a novas adesões através da plataforma Lisbon Value Creating Principles.
O Management Summit, realizado em Lisboa, reuniu mais de 150 líderes empresariais, académicos e inovadores, reforçando o papel de Portugal como palco global da transformação da gestão.