Longevidade saudável é decisiva para o futuro da economia global

O especialista Ilia Stambler alerta que prolongar a vida saudável é essencial para evitar o colapso dos sistemas de saúde e impulsionar o crescimento económico.

Foto de EyeEm em Freepik

O envelhecimento da população mundial é um dos maiores desafios da atualidade, com impactos diretos na saúde, economia e coesão social. A forma como governos, empresas e cidadãos enfrentarem este fenómeno poderá determinar se caminhamos para prosperidade ou crise, defendeu em Lisboa o investigador Ilia Stambler, presidente da Vetek Association.

“A população mundial enfrenta agora uma escolha: tornar-se mais saudável, avançada cultural e intelectualmente, e mais próspera economicamente, ou sofrer um declínio da saúde, dos valores humanos e da economia”, afirmou o especialista. Para Stambler, a chave está em prolongar a longevidade saudável, prevenindo doenças e incapacidades associadas à idade.

Nos Estados Unidos, prolongar a vida saudável em apenas um ano pode gerar centenas de milhares de milhões de dólares em poupanças anuais. Em Portugal, onde a esperança média de vida é de 82 anos e a esperança de vida saudável é de apenas 70, um ano adicional de vida saudável poderá significar milhares de milhões de euros em benefícios económicos e sociais.

“Prevenir doenças relacionadas com a idade e prolongar a vida saudável pode gerar poupanças massivas para os sistemas de saúde e segurança social. Podemos salvar esses sistemas do risco de colapso”, sublinhou. O impacto estende-se às empresas e cidadãos, já que a indústria da longevidade movimenta atualmente milhares de milhões de euros por ano, com previsões de atingir biliões nas próximas décadas.

Além do potencial económico, a indústria da longevidade pode reduzir desigualdades entre gerações, impulsionar a inovação científica e abrir novas áreas de negócio, da biomedicina ao turismo. Contudo, Stambler alerta que o risco de inação é elevado: hospitais sobrecarregados, falência de sistemas de pensões e aumento da solidão e depressão entre idosos.

“A escolha está nas nossas mãos: bem-estar e prosperidade ou crise e declínio. Tudo depende da nossa capacidade de responder ao envelhecimento da população”, concluiu.

Estas questões estarão em destaque no congresso internacional Nexii Longevity, que se realiza nos dias 8 e 9 de outubro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, reunindo especialistas para debater as implicações económicas, sociais e científicas da longevidade saudável.

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