As empresas estão a viver transformações concretas no modo como viajam, gerem despesas e integram a Inteligência Artificial (IA) no dia-a-dia. O que parecia tendência tornou-se realidade – e está a redesenhar a forma como os líderes financeiros e os gestores de viagens operam.
A estabilização que devolveu espaço às viagens
Depois de dois anos marcados pela inflação, os orçamentos de viagens empresariais estabilizaram. Em vez de retração, a maioria das empresas manteve ou até reforçou os investimentos em deslocações. A contenção de preços permitiu dar novo fôlego às equipas comerciais e às reuniões presenciais, confirmando que a viagem continua a ser um motor de negócio.
A viragem cultural na confiança na IA
No início de 2025, a SAP Concur antecipou as tendências em termos de viagens de negócios e finanças, a realidade confirma que os CFOs e os gestores financeiros aceleraram a adoção de IA generativa. Em menos de um ano, a automação passou a ser usada em larga escala para tarefas financeiras e monitorização de riscos. Também os viajantes se adaptaram rapidamente, recorrendo à IA para reservas e gestão de despesas – desde que garantida a segurança e a transparência no uso dos dados.
Mais do que prever, preparar
“Hoje, vemos que muitas das tendências antecipadas se concretizaram, desde a recuperação das viagens de negócios até à adoção mais estratégica da IA. Mas, acima de tudo, fica claro que as organizações mais resilientes são aquelas que investem na interligação entre pessoas, processos e tecnologia”, destaca João Carvalho, Head of SAP Finance and Spend Management para o Sul da Europa.
O bleisure resiste às previsões
Apesar da expectativa de retração, a prática de juntar lazer às viagens de negócios ganhou força entre millennials e geração Z. A consolidação das TMC avança e a tecnologia NDC progride lentamente, mas o comportamento dos viajantes mostrou que flexibilidade e experiência continuam a ser prioridades.
A colaboração ainda em construção
Os CFOs intensificaram o diálogo com TI e RH, abrindo espaço para novas estratégias de cibersegurança e sustentabilidade. No entanto, a integração plena ainda está por alcançar: a partilha de dados continua a ser a barreira mais citada pelos líderes de diferentes áreas. A mudança está em curso, mas exige continuidade e consistência.
O balanço de 2025 mostra que a verdadeira mudança não está em prever o que vem a seguir, mas em criar condições para que as empresas se adaptem e prosperem em contextos de incerteza.