O estudo Tech Trends 2025 da Deloitte destacou que integrar a Inteligência Artificial nos sistemas core é essencial para acelerar inovação, eficiência e segurança.
A Deloitte apresentou a 16.ª edição do relatório Tech Trends, que aponta a Inteligência Artificial (IA) como infraestrutura crítica nas organizações. Segundo o estudo, a tecnologia está a ser integrada em sistemas centrais, processos operacionais e interações com clientes, deixando de ser uma ferramenta isolada para se tornar o elo agregador de ecossistemas digitais.
O relatório sublinha que muitas empresas enfrentam o desafio de alinhar competências humanas, arquitetura tecnológica e dados para desbloquear o verdadeiro potencial da IA. A tendência dominante é a adoção de abordagens híbridas, que equilibram investimento em tecnologias fundamentais e emergentes.
Para Bruno Batista, partner da Deloitte, “a consolidação da IA como infraestrutura essencial deve-se não só ao seu impacto direto, mas também à forma como potencia outras tecnologias, como interfaces espaciais, chipsets de nova geração ou computação quântica”.
Já Gonçalo Santos, partner da Deloitte, destacou que “há já casos concretos de forças de trabalho compostas exclusivamente por agentes de IA, com capacidade de decisão autónoma, algo que parecia ficção científica e hoje é realidade”.
Entre as seis áreas-chave identificadas pelo estudo estão a interação homem-máquina impulsionada pela computação espacial, a emergência de modelos de IA mais pequenos e especializados, a evolução da função das TI para “outcome-as-a-service”, a transição da IA para o hardware, a urgência da cibersegurança pós-quântica e a modernização dos sistemas core para permitir processos orientados por dados.
O relatório conclui que a verdadeira transformação só ocorrerá quando as empresas encontrarem uma abordagem integrada que equilibre inovação, escalabilidade e segurança, garantindo que a evolução tecnológica acompanha em tempo real as estratégias e operações.
