De 5 a 9 de outubro, Lisboa acolhe o 77.º Congresso da International Fiscal Association (IFA), reunindo 2.000 especialistas de todo o mundo para debater tendências na fiscalidade internacional.
O Centro de Congressos de Lisboa vai receber, de 5 a 9 de outubro, o 77.º Congresso da International Fiscal Association (IFA), considerado um dos eventos mais influentes do calendário fiscal global. Quase 60 anos depois da última edição realizada em Portugal, Lisboa volta a ser palco de um encontro que junta advogados, académicos, consultores, decisores políticos e investidores internacionais.
O programa científico contempla dois temas principais: a residência de entidades legais para efeitos de tributação do rendimento das empresas e o uso indevido de convenções fiscais sob a perspetiva do Estado da fonte. A par destes debates, serão analisados temas como tributação e ESG, preços de transferência, serviços intra-grupo, os mais recentes desenvolvimentos do Pilar II, bem como fiscalidade da riqueza e justiça tributária.
Para Rogério Fernandes Ferreira, presidente da IFA Portugal, o congresso permitirá “um debate aprofundado sobre os mais recentes desenvolvimentos do direito fiscal internacional e as tendências emergentes, em particular no papel estratégico das convenções fiscais”.
A organização espera cerca de 2.000 delegados, o que, segundo analistas, terá impacto económico relevante, não apenas pela semana do evento, mas também pelo reforço da imagem de Portugal como destino de investimento. Como sublinha Paul Sheedy, conselheiro do Portugal Future Fund, o congresso “irá aumentar a notoriedade de Portugal como local para investir e viver, podendo traduzir-se em compromissos de longo prazo em fundos, tecnologia, saúde e energias renováveis”.
Fundada em 1938, a IFA é reconhecida mundialmente pela promoção do diálogo e estudo comparativo da fiscalidade. O seu congresso anual assume-se como um fórum global de referência, reunindo milhares de profissionais para discutir os grandes desafios da área num momento em que sistemas fiscais, fluxos de investimento e dinâmicas geopolíticas atravessam transformações profundas.