O Guia Salarial 2025 da Adecco, lançado em abril de 2025 identificou as áreas com maior procura de talento e reforça a importância de investir em competências humanas e técnicas. Seis meses depois a Adecco Permanent Recruitment comparou as expetativas com a realidade medida pelos seus serviços de recrutamento.
Para Bernardo Samuel, Diretor da Adecco Permanent Recruitment, Num contexto de forte competição por talento, compreender as profissões mais procuradas torna-se essencial para antecipar as dinâmicas do mercado e preparar o futuro. “A rapidez com que o mercado de trabalho está a evoluir obriga empresas e profissionais a olharem para o futuro com mais estratégia e flexibilidade.”
Entre as áreas com maior crescimento em 2025 destacam-se Saúde e Bem-Estar, impulsionada pela valorização da saúde mental e emocional, e Tecnologia e Dados, com forte procura por especialistas em Inteligência Artificial, análise de dados e cibersegurança. Sustentabilidade e Ambiente também ganharam peso nas decisões empresariais, enquanto Logística e Indústria 4.0 enfrentaram desafios de escassez de talento especializado. Já em Comercial, Marketing e Experiência do Cliente, o foco passou pela atração de clientes e pela personalização de experiências através de dados e plataformas digitais.
“As profissões mais requisitadas não são apenas as ligadas à tecnologia, mas todas as que exigem pensamento crítico, capacidade de adaptação e aprendizagem contínua. É nesse cruzamento entre competências humanas e técnicas que está o verdadeiro valor — e é aí que devemos investir”, sublinha Bernardo Samuel.
A Adecco Portugal mostra ainda uma tendência crescente no peso das culturas organizacionais baseadas em propósito, diversidade, inclusão e bem-estar — valores especialmente procurados pelas novas gerações.
A empresa de recrutamento recorda que, de acordo com o Guia Salarial, Portugal precisará requalificar mais de 1,3 milhões de trabalhadores até 2030, apenas para responder às necessidades criadas pela adoção da Inteligência Artificial generativa. “A formação contínua e o desenvolvimento de competências digitais e humanas tornam-se, assim, fatores decisivos para a empregabilidade futura”, salienta.