Oito em cada dez imóveis disponíveis para arrendar no verão de 2025 enquadram-se no intervalo de “renda moderada”, entre 400 e 2.300 euros mensais, segundo o idealista.
A maioria das casas disponíveis para arrendamento em Portugal insere-se no intervalo definido pelo Governo como “renda moderada” — entre 400 e 2.300 euros por mês. De acordo com a mais recente análise do portal Idealista, 81% da oferta nacional de habitação para arrendar situa-se dentro desta faixa, revelando que o conceito de moderação abrange grande parte do mercado atual.
Os dados mostram que as maiores concentrações de oferta encontram-se em Lisboa, Porto, Cascais, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, municípios onde mais de metade dos imóveis disponíveis têm rendas dentro deste intervalo. As casas com valores acima dos 2.300 euros mensais representam 19% da oferta nacional, com destaque para Lisboa (27%), Cascais (53%), Porto (9%), Oeiras e Loulé.
O estudo revela ainda que a esmagadora maioria das casas no mercado das grandes cidades enquadra-se nas rendas moderadas: 73% em Lisboa, 91% no Porto, 89% em Gaia, 98% em Coimbra, 76% em Faro e 75% no Funchal.
Cascais destaca-se como exceção: 53% das casas têm rendas premium, acima dos 2.300 euros, e 47% enquadram-se no intervalo moderado. Não há registo de imóveis abaixo dos 400 euros no concelho.
Já as rendas baixas (inferiores a 400 euros) concentram-se sobretudo na Covilhã (15%), seguida de Paredes, Vila Real e Bragança (7%). Em 49 municípios, incluindo Lisboa e Porto, não existe atualmente oferta neste patamar de preços.
Os dados do idealista sublinham que, apesar da forte concentração nas rendas moderadas, o mercado continua marcado por fortes assimetrias regionais, refletindo o desequilíbrio entre procura e acessibilidade habitacional.