FENAREG assinala 20 anos com Jornadas de apelo à ação

FENAREG Jornadas do Regadio 2025 apelam à execução urgente da Estratégia Água que Une para reduzir o défice agroalimentar nacional.

Na foto: José Núncio, presidente da FENAREG

A Federação Nacional de Regantes alerta que Portugal perde mais de 500 milhões de euros por ano por falta de investimento em regadio e defende a execução urgente da Estratégia Água que Une.

A FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal assinala o seu 20.º aniversário com as XVI Jornadas do Regadio, que se realizam no dia 6 de novembro, no LNEC, em Lisboa, sob o tema “Regadio: um olhar para o futuro” e com o Alto Patrocínio do Presidente da República. O evento pretende lançar um apelo estratégico à execução célere da Estratégia Nacional Água que Une, considerada essencial para reforçar a competitividade, a sustentabilidade e a soberania alimentar do país.

Portugal enfrenta um défice agroalimentar superior a 5 mil milhões de euros anuais, segundo dados do INE, e a FENAREG defende que o aumento da área de regadio de 17% para 20,2% da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) seria determinante para inverter esta tendência. Atualmente, o regadio representa 30% do Valor de Produção Padrão Total Agrícola, mais de 2 mil milhões de euros, e cobre 633 mil hectares. A modernização das infraestruturas nos últimos anos já permitiu ganhos de eficiência hídrica superiores a 80%.

“O regadio é uma infraestrutura económica essencial, ao nível da energia ou dos transportes, e deve ser tratado com a mesma prioridade estratégica. Cada ano sem investir neste setor custa ao país mais de 500 milhões de euros em produção perdida”, alerta José Núncio, presidente da FENAREG. “A execução da Estratégia Água que Une é a chave para transformar o défice agroalimentar em superavit e para garantir mais emprego, coesão territorial e segurança alimentar.”

As Jornadas do Regadio reúnem decisores, especialistas e representantes do setor para debater o futuro da água e do regadio em Portugal e na Europa, num contexto de reforma da PAC e crescente pressão sobre a produção agrícola. Entre os temas em destaque estão a Estratégia Europeia de Resiliência Hídrica, o papel da PAC na modernização do regadio e o lançamento do novo Observatório do Regadio, uma ferramenta de monitorização e análise de dados que vai apoiar políticas públicas e decisões de investimento.

Portugal tem identificados mais de 10 mil milhões de euros em investimento hídrico até 2040, dos quais mais de 5 mil milhões deverão ser aplicados até 2030. “A água é o elo que une economia, ambiente e território. O futuro da agricultura e da segurança alimentar depende da forma como gerimos este recurso estratégico. O momento é agora”, reforça José Núncio.

Entre os oradores confirmados estão José Núncio, António Carmona Rodrigues, Álvaro Mendonça e Moura, Francisco Gomes da Silva, Pedro Parias, Paulo do Nascimento Cabral, Nuno Russo, José Diogo Albuquerque, Gonçalo Rodrigues e Rui Veríssimo Batista.

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