No Dia do Transporte Sustentável, celebrado a 26 de novembro, a Associação de Bioenergia Avançada defende a bioenergia avançada como solução imediata para reduzir emissões nos transportes e reforçar a economia circular.
A Associação de Bioenergia Avançada (ABA) assinalou o Dia Mundial do Transporte Sustentável alertando para o papel decisivo da bioenergia avançada na descarbonização de setores como os pesados, a aviação e o transporte marítimo. Segundo a associação, estes segmentos continuam a enfrentar fortes limitações na eletrificação, sobretudo em operações de longa distância, num contexto em que o Global Carbon Project aponta para um aumento de 1,1% das emissões globais de carbono provenientes de combustíveis fósseis.
De acordo com o relatório mais recente da ABA, os biocombustíveis produzidos a partir de biorresíduos podem reduzir mais de 88% das emissões de CO₂ por tonelada, oferecendo uma alternativa imediata e compatível com a infraestrutura já existente. A associação sublinha que esta integração permite diminuir a dependência de combustíveis fósseis sem interromper as operações diárias das frotas, contribuindo para um mix energético mais resiliente que complementa a eletrificação e os combustíveis sintéticos.
A ABA destaca também que estes biocombustíveis resultam de resíduos como óleos alimentares usados, gorduras animais e subprodutos agrícolas, reforçando a economia circular e evitando o descarte inadequado destes materiais. O relatório evidencia ainda um crescimento superior a 78% na utilização de matérias-primas avançadas na produção nacional, sinal do aumento da procura e da valorização desta energia no processo de transição energética.
A associação reforça igualmente que a bioenergia avançada contribui para modelos de mobilidade mais responsáveis ao reduzir consumos de água e energia na produção, promovendo um setor menos poluente e com impacto direto na qualidade do ar e na saúde das populações.
No Dia do Transporte Sustentável, a ABA sublinha que a bioenergia avançada “não é apenas uma alternativa aos combustíveis fósseis, mas uma solução estratégica para reduzir emissões, valorizar resíduos e promover uma mobilidade mais limpa, segura e eficiente”, defendendo que o investimento neste setor representa uma aposta no futuro do transporte sustentável em Portugal.







