Um estudo da plataforma BestBrokers revela um mercado imobiliário europeu cada vez mais desigual em 2025, com quedas acentuadas em algumas capitais e subidas expressivas noutras, refletindo pressões assimétricas sobre a habitação.
Os preços da habitação nas capitais europeias registaram evoluções muito distintas ao longo de 2025, num contexto marcado por pressão urbana persistente e restrições na oferta, segundo uma análise da plataforma de research financeiro BestBrokers. O estudo aponta para um cenário polarizado, com algumas cidades a registarem correções significativas e outras a acelerarem fortemente a valorização imobiliária.
De acordo com os dados analisados, o Reino Unido destacou-se como exceção no panorama europeu, com quedas relevantes nos preços de habitação em zonas centrais, nomeadamente em Londres e Edimburgo. Também Viena, Bruxelas e Amesterdão registaram descidas moderadas, contrariando a tendência dominante de valorização.
Em sentido oposto, várias capitais da Europa Central e do Sul apresentaram aumentos expressivos, com destaque para Berna, Budapeste, Madrid e Sofia, sinalizando a atratividade continuada de mercados considerados emergentes ou fortemente pressionados pela procura e pelo investimento.

Lisboa surge como um caso intermédio, com uma ligeira correção dos preços em 2025, num contexto que, segundo o estudo, reflete a combinação entre custos de financiamento mais elevados e uma procura que permanece estruturalmente forte.
Alan Goldberg, analista da BestBrokers, sublinha que os dados revelam “um mercado europeu profundamente fragmentado”, onde correções pontuais em capitais mais maduras coexistem com subidas rápidas noutros mercados, aprofundando as disparidades regionais e os desafios de acessibilidade à habitação.
A análise baseia-se em preços médios de habitação em zonas centrais, com dados recolhidos junto de plataformas de mercado e ajustados a salários médios líquidos, devendo ser interpretada como um indicador de tendência e não como estatística oficial.






