Hotéis fecham o ano com ocupação elevada e preços a subir

Hotéis em Portugal fecharam o ano com 72% de ocupação e preços médios a subir quase 10% na Passagem de Ano, segundo estudo da NOVA IMS.

Foto de Freepik

A hotelaria em Portugal registou uma taxa média de ocupação de 72% na Passagem de Ano, com os preços médios por quarto a subirem cerca de 10% face a 2024, segundo um estudo da NOVA Information Management School com base em dados da Host Intelligence.

Os hotéis portugueses encerram 2025 com níveis elevados de procura na Passagem de Ano, acompanhados por um aumento significativo dos preços. De acordo com um estudo do Tourism & Hospitality Analytics Lab da NOVA IMS, baseado em dados da Host Intelligence e numa amostra de 170 unidades hoteleiras, a taxa média de ocupação a nível nacional situou-se nos 72% no último dia do ano, um valor muito próximo do registado no mesmo período de 2024.

Apesar da estabilidade da ocupação, o preço médio diário por quarto (ADR) registou uma subida expressiva, alcançando os 181,84 euros, o que representa um aumento de 9,4% face aos 169,46 euros praticados na Passagem de Ano anterior. A evolução confirma a capacidade do setor para sustentar preços mais elevados num contexto de procura consolidada.

Em termos regionais, o Norte e a Região Autónoma da Madeira destacaram-se pelos níveis mais elevados de ocupação, com 85,1% e 82,8%, respetivamente, ambos acima dos valores observados em 2024. A Grande Lisboa manteve igualmente uma ocupação elevada, de 75,7%, embora com uma ligeira descida de 1,9 pontos percentuais face ao ano anterior. A Madeira apresentou também o ADR mais elevado do país, com um preço médio de 250,35 euros por quarto.

Segundo Nuno António, professor da NOVA IMS e coordenador do Tourism & Hospitality Analytics Lab, “a evolução observada na Passagem de Ano confirma a importância estratégica deste período para a hotelaria nacional”, sublinhando que, mesmo num contexto semelhante ao de 2024, “os hotéis conseguem sustentar níveis elevados de ocupação e aumentar o preço médio por quarto”.

Os dados apontam ainda para uma maior volatilidade no início de janeiro. Entre os dias 2 e 4, a Madeira registou o maior crescimento da taxa de ocupação face a 2024, enquanto regiões como o Centro, o Alentejo e a Grande Lisboa evidenciaram quebras. Ao nível dos preços, o Centro e o Algarve destacaram-se pelas maiores subidas do ADR, contrastando com descidas observadas nos Açores, no Norte e na Grande Lisboa.

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