A imagem profissional masculina

O fato masculino (terno, em português do Brasil) está associado a uma imagem de formalidade e profissionalismo. Contudo, por si só, não garante elegância. Como em quase tudo, os detalhes marcam a diferença.

Na abordagem deste tema não podemos ignorar que, em alguns setores da economia, o fato é um código de vestuário que tem vindo, muito rapidamente nos últimos anos, a cair em desuso. Contudo, mantém-se (e, provavelmente, manter-se-á!) como o vestuário masculino apropriado não só para ambiente profissional formal, como, também, para inúmeras ocasiões de cariz social. Com efeito, deu mesmo origem à designação ‘fato escuro’ (em língua inglesa ‘business atire’ ou ‘informal dinner’), habitualmente utilizada em etiqueta e protocolo.

No entanto, o uso de fato sem gravata é uma tendência que se tem vindo, também muito rapidamente, a consolidar, pois a gravata parece estar a cair em desuso ou, melhor, a ser reservada apenas para situações de grande formalidade, não sendo raro ver-se, mesmo em ambiente urbano e profissional, os homens a usarem fato e camisa, sem gravata.

Esta tendência, muito aplaudida pelo sexo masculino, sobretudo em épocas de calor, insere-se no ‘dress code’ internacionalmente designado como ‘business casual’, que consiste no uso de fato (preferencialmente escuro) e camisa (clássica e de mangas compridas), sapato escuro a condizer e acessórios clássicos (cinto, relógio, eventualmente até botões de punho).

Porém, o ‘fato escuro’ é um código de vestuário universalmente aceite, adequado e correto que integra, tal como o nome indica, um fato escuro (preto, ou nos diversos tons de cinza ou de azul escuro) liso ou, em alternativa, com padrão tradicional muito discreto, que deve ser acompanhado de camisa clássica (lisa, branca ou noutros tons claros, como o bege e o azul) e, neste caso, sempre de gravata. Os acessórios podem contribuir para uma aparência mais ou menos formal e são reveladores do gosto e da personalidade e estilo de quem os exibe: o padrão da gravata mais ou menos clássico, a utilização, ou não, de botões-de-punho, o uso de lenço no bolso do casaco (uma tendência marcante na atualidade), a qualidade e material do relógio, o cinto e, por fim mas não menos importante, os sapatos. Os fatos de outras cores (castanho e bege, por exemplo) não são convencionais e são totalmente desaconselháveis para momentos marcados por alguma formalidade, sobretudo após o entardecer.

Apesar das inúmeras possibilidades existentes no mercado, ditadas pela indústria da moda, um fato continua a ser, normalmente, um investimento significativo, pelo que deve prevalecer o critério da qualidade, que se transformará em usabilidade e durabilidade. Um fato impecável resulta de uma combinação perfeita entre material, corte e acabamentos, e fará o homem sentir-se seguro na transmissão de uma imagem de credibilidade e confiança, seja qual for a área de atuação em que se move.

Devem, então, ser considerados alguns aspetos no processo de compra:

  • As medidas devem ser tomadas cuidadosamente e em total conformidade com a compleição física de cada um. Por exemplo, a manga do casaco deve deixar visíveis, sensivelmente, dois centímetros do punho da camisa, as calças devem terminar por altura do salto do sapato e não devem ser demasiado justas na cintura. O conforto de movimentos não pode ser sacrificado.
  • Quanto à escolha do modelo de casaco (paletó, em português do Brasil), um homem alto poderá usar, com à-vontade, um casaco de três botões, podendo o mesmo não deixar elegante um homem de menor estatura, que deve preferir os casacos de dois botões. As lapelas muito estreitas ou, ao contrário, muito largas, ou pontiagudas, são totalmente de evitar.
  • Note-se que, ao contrário do que a moda tenta impor, as calças de corte justo são única e exclusivamente apropriadas para homens realmente magros e altos. As calças com pinças (uma ou duas) podem ter uma bainha com dobra e são mais apropriadas para homens menos magros. Um homem de baixa estatura não fica favorecido com umas calças com dobra na bainha.O importante na sua imagem profissional  – como em tudo na vida! – é recorrer ao bom senso para decidir quando usar e não usar gravata e, acima de tudo, não confundir conceitos: dispensar a gravata não é sinónimo de uma imagem descuidada e totalmente informal, muito pelo contrário. Um fato clássico usado com uma camisa branca de boa qualidade, mesmo sem gravata, pode transmitir uma imagem muito positiva.

    (Atualizado em 03/01/2017)

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