A procura por crédito continua a aumentar em Portugal. Só em março, foram concedidos 353 milhões de euros em crédito pessoal (sem finalidade definida). Já para habitação, mesmo com o aumento do preço das casas, a tendência crescente, no primeiro trimestre, também se manteve – quem o diz é o Banco de Portugal.
No entanto, mais procura não significa menos prudência. As instituições bancárias estão vigilantes. De acordo com a mesma fonte, a taxa de rejeição de pedidos de crédito a particulares subiu ligeiramente.
São muitas as possibilidades que podem levar a este desfecho. E algumas poderiam ser evitadas, por exemplo, com a existência de um segundo titular de crédito. Mas a importância desta figura não se esgota apenas aqui. São várias as vantagens em partilhar esta responsabilidade.
O Que É Um Segundo Titular de Crédito?
O segundo titular de crédito funciona como um corresponsável pelo empréstimo contraído. Ou seja, quando concedido, o crédito é de duas pessoas com igual obrigação em fazer cumprir o contrato.
A sua inclusão é, por norma, opcional. Trata-se, porém, de uma decisão cada vez mais comum, especialmente em créditos habitação – mas também pode ser incluído em créditos pessoais ou consolidação de empréstimos. Quando a taxa de esforço do titular ultrapassa o recomendado, é possível que a instituição faça esta exigência.
Contudo, indicar um segundo responsável pelo crédito, por si só, pode não ser suficiente. É importante que seja um parente direto. Caso contrário, diminuem as possibilidades de ser aprovado. Pais, irmãos ou cônjuge são aqueles por quem se deve optar. Depois, será feita, também, uma análise à sua situação profissional e financeira.

Vantagens de Um Segundo Titular de Crédito
Um segundo titular de crédito vai aumentar as possibilidades de aprovação de um empréstimo. Mas esta não é a vantagem, é apenas a consequência das várias mais-valias que esta solução oferece:
Diminuição da taxa de esforço: se o crédito tem dois titulares, significa que há duas pessoas a contribuir para o seu cumprimento. Logo, o rendimento disponível é maior. Se o rendimento é maior, a taxa de esforço é menor. E quando assim é, a probabilidade de ver um crédito aprovado aumenta.
Melhores condições: a existência do segundo titular garante à entidade bancária uma maior segurança. Por essa razão, as condições que oferece melhoram em benefício dos clientes.
Acesso a crédito mais elevado: como a capacidade de pagamento cresce com um segundo titular, o acesso a créditos de maior valor é mais facilitado. Ainda assim, em situações como esta, a taxa de esforço deve ser considerada.
Desta forma, como é possível perceber, estas vantagens resultam sempre da segurança extra que é conferida à entidade bancária. Por isso, é importante contar com um segundo titular de crédito.

O Segundo Titular Não É Um Fiador
Quando se fala em associar um segundo titular a um crédito, é comum a comparação com o papel do fiador. Mas é importante perceber que não são a mesma coisa e as responsabilidades de cada um neste cenário são muito diferentes.
Como referido, o segundo titular é tão responsável pelo crédito quanto o primeiro. Ambos têm a obrigação do pagamento conjunto e partilham todas as obrigações legais.
Já a responsabilidade do fiador é ativada apenas quando há uma situação de incumprimento dos titulares. Nesse caso, torna-se o responsável por assumir a dívida, juros e custos adicionais, e as obrigações contratuais enquanto fiador.