A Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios, APEGAC, alerta para a urgência de todos os condomínios possuírem seguro multirriscos coletivo, que inclua obrigatoriamente a cobertura contra incêndios.
Entre janeiro e agosto de 2025, mais de 7.000 incêndios consumiram cerca de 254 mil hectares em Portugal, afetando sobretudo as regiões do Norte e do Centro e provocando a destruição de habitações, explorações agrícolas e infraestruturas. A associação considera que o agravamento destes fenómenos torna insustentável a atual prática de cada fração contratar individualmente o seguro contra incêndio.
A legislação já obriga à existência de seguro, mas a sua contratação separada gera riscos de lacunas de proteção e sobrecarga administrativa. A APEGAC defende que a apólice deve ser subscrita pelo condomínio, assegurando uma cobertura uniforme para todas as frações e simplificando a gestão.
“Num ano marcado por incêndios devastadores, fica claro que a gestão coletiva do seguro multirriscos é a forma mais eficaz de proteger todos os condóminos”, sublinha Vítor Amaral, presidente da APEGAC. “Este tipo de apólice não só responde ao risco de incêndio, como também cobre outros sinistros que podem comprometer a segurança e a estabilidade financeira dos moradores.”
A proposta ganha relevância num contexto de riscos cada vez mais frequentes e intensos, não só devido aos incêndios, mas também a inundações, fenómenos naturais e outros danos em edifícios. Para a APEGAC, a contratação coletiva de seguros multirriscos representa maior proteção, eficiência e tranquilidade para todos os residentes.