O arrendamento de quartos em casas partilhadas está a crescer rapidamente em Portugal. De acordo com o mais recente Relatório Anual de Arrendamento de Quartos do idealista, a oferta aumentou 91% no primeiro trimestre de 2025, face ao mesmo período do ano anterior. No entanto, esta subida não travou o aumento de preços, que cresceram em média 4% a nível nacional.
As maiores subidas de oferta verificaram-se em Coimbra (364%), seguida pelo Porto (137%), Lisboa (128%) e Viseu (72%). No entanto, algumas cidades registaram quebras significativas na oferta, como Évora (-40%), Ponta Delgada (-37%) e Vila Real (-27%).
Preços continuam a subir em boa parte do país
Apesar do maior número de quartos disponíveis, os preços subiram em 13 das 19 capitais de distrito e regiões autónomas analisadas. O Funchal lidera a tabela com uma subida de 50%, seguido de Faro (33%), Aveiro (32%) e Setúbal (30%). Também em cidades como Évora, Braga e Coimbra, os valores mensais aumentaram de forma consistente.
Lisboa, embora ainda seja a cidade com os quartos mais caros do país (500 euros/mês), registou uma descida de 8%. Já no Porto, os preços subiram 5%, atingindo uma média de 420 euros/mês. Em Coimbra, a cidade dos estudantes, arrendar um quarto custa agora cerca de 330 euros/mês.
Nas cidades mais económicas destacam-se a Guarda (190 euros/mês), Bragança (200 euros/mês) e Castelo Branco (230 euros/mês).
Arrendar quarto é cada vez mais uma escolha de vida
O estudo do idealista revela ainda que arrendar quarto deixou de ser exclusivo dos estudantes. Jovens profissionais, pessoas solteiras ou separadas e quem procura independência numa fase inicial da vida adulta são hoje grande parte da procura. Com os preços das casas elevados nas principais cidades, partilhar habitação tornou-se uma alternativa mais acessível e socialmente valorizada.
Além disso, a plataforma idealista tem sido uma das preferidas para este tipo de arrendamento, destacando-se pela oferta linguística alargada e por funcionalidades como a procura conjunta de companheiros de casa, o que facilita o processo sobretudo para estrangeiros que chegam a Portugal.
