Artistas e especialistas defendem mais regulação da IA na música

Encontro promovido pela Audiogest alerta para riscos da Inteligência Artificial e apela à proteção dos direitos de autor

Foto de Audiogest

A crescente utilização da Inteligência Artificial no setor musical esteve no centro do encontro promovido esta terça-feira pela Audiogest, no Hotel Fénix, em Lisboa. Com cerca de 200 participantes, entre artistas, juristas e representantes da indústria, a sessão sublinhou a necessidade urgente de regulamentação e de salvaguarda dos direitos de autor no contexto digital.

No encontro, Miguel Carretas (Audiogest), Nuno Saraiva (AMAEI) e Abbas Lightwalla (IFPI) a apresentarem os principais desafios legais e criativos colocados pelas ferramentas de IA, sobretudo no uso de conteúdos protegidos. Por seu turno, Mário Cruz, do Ministério da Cultura, afirmou que o governo português levará o tema ao Conselho de Ministros da União Europeia, defendendo uma regulação clara.

Para o músico Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), “não é aceitável que a IA faça arte sem intervenção humana. Os direitos de autor estão em risco e é preciso agir”. Já António Ferreira (Calema) alertou: “Um avatar não consegue provocar o que sentimos no palco. A IA pode ser uma ferramenta, mas não deve substituir o humano”.

Miguel Carretas, diretor-geral da Audiogest, concluiu que a sessão confirmou a importância de “criar fóruns de debate abertos e informados” e garantiu o compromisso da entidade em continuar a defender os produtores e artistas portugueses.

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