Tem a certeza que as suas campanhas de e-mail marketing são eficazes? Talvez seja boa ideia pensar nisso, e rever a métrica que está a usar. Veja aqui algumas dicas para melhorar a sua estratégia na comunicação por e-mail.
Não quero dizer com isto que haja da parte das empresas que disponibilizam a plataforma, qualquer intenção de dolo. Há apenas incapacidade de dar dados mais precisos, porque a multiplicidade de aplicações de e-mail inviabiliza a standardização dos processos, e portanto das métricas. Isto não é um problema se tivermos em consideração este fator durante a análise dos dados.
O seu mail aterra na caixa de entrada ou na do lado?
Outro indicador interpretado incorretamente são os not opens. Mais uma vez, o comportamento das aplicações de e-mail pode adulterar os dados. Exemplo disso é mais uma vez a Apple. Se a mensagem for aberta no icloud (no browser), as imagens são automaticamente descarregadas e a mensagem é dada como open. Se for aberta no iPad, as imagens só são descarregadas por instrução do utilizador e a mensagem só é dada como open depois disso. Isto quer dizer que podemos ter como not opens, mensagens que chegaram a ser lidas, muitas embora as imagens não tenham sido carregadas.
No Gmail, o desafio são os separadores que foram adicionados à caixa de entrada. Há um dedicado especificamente a promoções, e se o seu e-mail não estiver bem configurado pode lá ir parar, o que significa, que pode, efetivamente, não ser lido mas pelas razões erradas – não estar visível na caixa de entrada.
Então, no que é que podemos confiar afinal?
Na interação, claro. A partir do momento em que conseguimos que os leitores interajam com a nossa comunicação temos uma janela de oportunidade. Alguém que clica num link está a demonstrar interesse real no seu conteúdo. Cabe a si, pegar nessa informação e construir uma relação a partir daí.
Uma questão de estratégia
O e-mail marketing é visto, com demasiada regularidade, como um meio de comunicar novidades, notícias ou promoções, e é precisamente esta atitude que tem dado mau nome a um canal de comunicação que deveria por definição, ser a ponte entre marca e consumidor.
Usámos e abusámos deste canal, para comunicar o que queríamos dizer, sem qualquer preocupação pelo que, do outro lado, queriam ouvir. Os tempos mudaram, e o comando está agora na mão dos utilizadores. São eles quem decidem o que querem, ou não, receber. Cabe-nos reabilitar o e-mail marketing, integrando-o numa estratégia de marketing automation, usando-o como ferramenta de lead nurturing, para criar com o nosso mercado, a relação que vai no futuro tornar possível a venda.