CMVM alerta para riscos elevados nos mercados financeiros em 2026

CMVM alerta para riscos elevados nos mercados financeiros em 2026, com destaque para mercado de capitais, cibersegurança e contexto geopolítico.

Ilustração de Vectorarte em Freepik

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários publicou o Risk Outlook 2026, mantendo em nível elevado os riscos no mercado de capitais e operacional, num contexto de tensões geopolíticas, volatilidade e ciberameaças crescentes.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou, a 26 de dezembro de 2025, o Risk Outlook para 2026, documento que identifica os principais riscos para os mercados financeiros no próximo ano, num cenário marcado por incerteza geopolítica, crescimento económico moderado e volatilidade persistente nos mercados globais.

De acordo com o regulador, mantém-se elevado o risco associado ao mercado de capitais, com uma perspetiva de subida face ao ano anterior. A CMVM alerta para um possível ajustamento dos preços nos mercados financeiros, influenciado pelo atual contexto geopolítico e pelos seus reflexos no enquadramento macroeconómico internacional, mantendo uma tendência considerada “semi-ascendente”.

O risco operacional continua igualmente classificado como elevado, tendo a sua perspetiva passado de estável para ascendente. Segundo a CMVM, esta evolução está fortemente associada ao aumento da digitalização e à intensificação das ameaças de cibersegurança, que representam um desafio crescente para instituições financeiras e participantes do mercado.

Em contraste, a avaliação dos riscos de liquidez e de crédito mantém-se num nível médio e com perspetiva estável face a 2025, embora condicionada pela evolução do contexto geopolítico e pelos seus impactos nos custos de financiamento e na valorização dos ativos.

O Risk Outlook 2026 destaca ainda uma análise específica à exposição dos organismos de investimento coletivo de ações domiciliados em Portugal a choques externos e a perturbações nas cadeias globais de abastecimento, tendo em conta a sua exposição a emitentes sediados em países afetados por medidas tarifárias norte-americanas e a origem geográfica das respetivas receitas.

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