A taxa de desemprego em Portugal desceu para 6% em junho de 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, analisados pela Randstad Portugal, refletindo uma evolução positiva no mercado de trabalho. O número de trabalhadores ativos aumentou em 8.300 pessoas, superando os 5,2 milhões, enquanto o número de desempregados registados caiu para 293.488 — o valor mais baixo do ano, de acordo com o IEFP.
Este desempenho foi impulsionado pelo dinamismo sazonal do verão, com maior procura nos setores do turismo, restauração, comércio e serviços pessoais. A taxa de emprego subiu para 65,1%, mais 1,2 pontos percentuais face a junho de 2024. A população ativa cresceu para 5.563.300 pessoas, reforçando a tendência de crescimento sustentado.
A descida do desemprego foi transversal a todos os grupos populacionais, com maior expressão entre os jovens e as mulheres. Os dados indicam menos 3.600 jovens desempregados e menos 4.400 mulheres em comparação com maio. Regionalmente, Norte, Lisboa e Algarve lideraram na redução do desemprego registado.
Os serviços registaram a maior queda no número de desempregados, com destaque para as atividades administrativas, alojamento, restauração e comércio. As profissões mais beneficiadas foram trabalhadores de serviços pessoais, vendedores, pessoal administrativo e trabalhadores não qualificados.
Segundo Isabel Roseiro, diretora de Marketing da Randstad Portugal, “a queda do desemprego em praticamente todos os segmentos revela não apenas os efeitos sazonais, mas também uma maior dinâmica de contratação em setores-chave”.
A remuneração média mensal também registou um aumento, atingindo 1.544,83€ em maio. Lisboa mantém os salários mais elevados (1.794,80€), enquanto Bragança e Beja apresentam os valores mais baixos. A diferença entre a capital e Bragança é de 531,30€, refletindo assimetrias regionais persistentes.