Quase 40% dos diretores de operações (COO) acreditam que a instabilidade tarifária fará aumentar em mais de 10% o custo dos produtos, mas apenas 14% das empresas estão preparadas para absorver este impacto, revela um estudo da Bain & Company.
Num cenário marcado por custos crescentes, tensões geopolíticas e fragilidade no abastecimento, a área de procurement assume um papel cada vez mais estratégico. Deixa de ser apenas uma função de controlo de custos para tornar-se pilar da inovação, da gestão de riscos e da estratégia empresarial, posicionando o responsável de compras como parceiro na criação de valor.
De acordo com o estudo, as empresas que integram procurement no planeamento empresarial conseguem ajustar decisões com maior rapidez, antecipar riscos e alinhar cadeias de abastecimento com as mudanças da procura e do contexto geopolítico. O procurement é também fundamental na promoção da inovação, colaborando com I&D, marketing e parceiros externos para apoiar margens, expansão e transformação digital.
A digitalização e a adoção de inteligência artificial emergem como elementos críticos. “A adoção de ferramentas digitais e de inteligência artificial no procurement não só aumenta a eficiência e reduz riscos, como também fortalece a resiliência das empresas. Quem investir agora estará mais bem posicionado para enfrentar as incertezas do mercado e para capturar novas oportunidades de crescimento”, sublinha Álvaro Pires, sócio da Bain & Company.
