A ideia de que a adoção de Inteligência Artificial Generativa viria substituir postos de trabalho está a ser desafiada por novas evidências. De acordo com um estudo global conduzido pelo Everest Group para a Concentrix, as empresas estão a avançar para estratégias de transformação ofensivas, assentes em modelos híbridos que reforçam a colaboração entre IA e humanos. O inquérito, que recolheu respostas de mais de 450 líderes empresariais de vários setores e geografias, revela uma mudança clara de prioridades: menos foco na contenção de custos e mais investimento em inovação e modernização tecnológica.
A adoção de IA generativa está a acelerar, com 24% das empresas a planearem investir nesta tecnologia nos próximos dois a três anos. Esta aposta, no entanto, não surge isolada: está integrada numa visão de transformação a longo prazo, onde o outsourcing e a reformulação da experiência do cliente são partes fundamentais da estratégia.

A IA como ferramenta de capacitação, não de substituição
Um dos dados mais relevantes do estudo diz respeito ao impacto da IA nos modelos de trabalho. A maioria das empresas continua a apostar em soluções que complementam e ampliam as funções humanas, ao invés de as substituir. A perceção dominante é de que a IA pode potenciar a performance das equipas, desde que inserida em sistemas com governance, escala e capacidade de resposta.
Este equilíbrio entre automação e participação humana reflete-se também nos critérios de seleção de parceiros tecnológicos. As empresas valorizam fornecedores capazes de entregar soluções integradas, alinhadas com os objetivos do negócio e com impacto direto na experiência do cliente — um campo onde a Concentrix é frequentemente mencionada ao lado dos maiores nomes do setor tecnológico.
Outsourcing e GenAI ganham força nos orçamentos
O estudo evidencia ainda uma viragem no planeamento orçamental: 47% das empresas afirmam que irão aumentar o investimento em outsourcing nos próximos dois a três anos, e 24% apontam a IA generativa como prioridade. Este sinal de maturidade estratégica mostra que os líderes estão a preparar as suas organizações para uma transformação contínua, em vez de soluções pontuais centradas apenas na eficiência.
Setores como Banca, Seguros, Saúde e Tecnologia destacam-se pela intensidade dos seus planos de adoção de IA generativa — não apenas como motor tecnológico, mas como componente crítica da proposta de valor ao cliente.

O futuro é híbrido, escalável e centrado na experiência
Para David Rickard, Partner do Everest Group, as organizações procuram hoje parceiros com modelos de execução comprovados, capazes de reduzir riscos e acelerar resultados. A chave está na transformação escalável e no design integrado, especialmente em áreas como Experiência do Cliente, onde a inovação tecnológica exige sensibilidade humana e adaptação constante.
A Concentrix, segundo o estudo, surge como líder nesta convergência: tecnologia de ponta, capacidade de execução e foco estratégico em soluções CX posicionam a empresa como um dos principais parceiros de referência para a nova era da transformação inteligente.
Num contexto onde a adoção de IA generativa já não é uma questão de “se”, mas de “como”, os resultados deste estudo confirmam que o futuro pertence aos modelos colaborativos — onde tecnologia e talento humano não competem, mas se reforçam mutuamente.