Empresas aumentam investimento em IA apesar de receios com regulação

Novo estudo da Deloitte revela que 78% das empresas planeiam reforçar o investimento em Inteligência Artificial Generativa, mas 69% admitem que a implementação de uma estratégia de governance poderá demorar mais de um ano.

Foto de Rawpixel.com em Freepik

O interesse empresarial pela Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) continua a crescer, mas os desafios na sua adoção e regulação estão longe de estar resolvidos. De acordo com o estudo trimestral da Deloitte, State of Gen AI in the Enterprise – Q4, 78% das empresas inquiridas afirmam que vão aumentar o investimento em IA no próximo ano fiscal, mesmo perante crescentes preocupações com conformidade e gestão de riscos.

O estudo envolveu 2.773 líderes de negócios e tecnologia de 14 países e seis setores de atividade, incluindo serviços financeiros, tecnologia, saúde e setor público. Um dos dados mais significativos revela que 69% dos executivos acreditam que levará um ano ou mais para implementar por completo uma estratégia robusta de governance de IA, evidenciando os obstáculos à escalabilidade.

Outro ponto em destaque é o avanço das tecnologias Agentic AI, sistemas de inteligência artificial autónomos que operam sem necessidade de instruções humanas constantes. Segundo o relatório, 26% das organizações já desenvolvem agentes autónomos em larga escala, enquanto 42% estão ainda em fase de testes.

“As organizações têm de estar preparadas para a massificação da Inteligência Artificial”, alerta Hervé Silva, Partner da Deloitte. “A velocidade da tecnologia não vai abrandar. É fundamental garantir alinhamento estratégico e investir na capacitação da força de trabalho.”

A maioria das empresas reporta já retorno mensurável sobre o investimento (ROI) com os seus projetos mais avançados de IA Gen. Em 20% dos casos, o ROI ultrapassa os 31%, com destaque para áreas como TI e cibersegurança, onde 44% dos líderes referem resultados superiores às expectativas.

O estudo identifica ainda preocupações com dados, riscos e impacto na força de trabalho, especialmente na adoção de IA Autónoma. A investigação destaca ainda a mudança de foco nas empresas, que passam da simples adoção tecnológica para a procura de vantagens competitivas estruturais, com a IA a tornar-se um pilar estratégico para o crescimento sustentável.

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