O grupo espanhol Indra registou um lucro líquido de 291 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2025, um aumento de 58% face ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento nas áreas de Defesa e Gestão do Tráfego Aéreo (ATM).
O Indra Group fechou os primeiros nove meses do ano com um crescimento de 58% nos lucros, alcançando 291 milhões de euros e antecipando em um ano o cumprimento da primeira fase do seu plano estratégico Leading the Future – Scale Up. O resultado foi sustentado por um forte aumento das encomendas e das receitas em todas as unidades de negócio, com destaque para Defesa e Gestão do Tráfego Aéreo (ATM), que registaram crescimentos de dois dígitos.
Entre janeiro e setembro, as receitas aumentaram 6%, com especial dinamismo nas divisões de Defesa (+14%) e ATM (+16%), enquanto a entrada líquida de encomendas subiu 20% face a 2024. O EBITDA e o EBIT também cresceram 10%, refletindo uma melhoria das margens operacionais.
De acordo com Ángel Escribano, presidente executivo do grupo, os resultados reforçam “a estabilidade da empresa e o compromisso em antecipar as necessidades do setor da defesa, refletido num aumento de 7% da nossa força de trabalho em Espanha”. Já o CEO José Vicente de los Mozos destacou “a aceleração do plano industrial e a expansão da pegada tecnológica, que preparam a Indra para liderar a entrega dos Programas Especiais de Modernização (SMPs)”.
O grupo encerrou setembro com 61.475 colaboradores, um aumento de 5% face a 2024, sendo que mais de 36 mil estão baseados em Espanha.
No terceiro trimestre, a Indra anunciou a compra da fábrica El Tallerón, em Gijón, anteriormente da Duro Felguera, que será transformada num dos centros de produção de veículos militares mais modernos da Europa, integrando os 156 trabalhadores das instalações. A empresa também reforçou a sua presença no mercado de sistemas aéreos não tripulados com a aquisição da Aertec Defence & Aerial Systems (DAS) e assegurou um financiamento de 385 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) para impulsionar a investigação e desenvolvimento nos setores de Defesa e Espaço — o maior empréstimo já concedido pelo BEI a uma empresa espanhola do setor.
O portefólio de Defesa da Indra deverá ultrapassar 10 mil milhões de euros em 2026, apoiado nos contratos de modernização do submarino S-80, do projeto Eurofighter e de radares na Alemanha e Omã. A empresa também anunciou a realização de um Capital Markets Day no segundo trimestre de 2026, ocasião em que apresentará, com um ano de antecedência, a segunda fase do seu plano estratégico.
A Indra Group é uma das líderes globais em tecnologias de defesa, tráfego aéreo e espaço, através da Indra, e em transformação digital, através da Minsait. Em 2024, alcançou receitas de 4,84 mil milhões de euros e mantém operações em mais de 140 países, com presença direta em 46 mercados.