Segundo os dados divulgados pela OCDE, a inflação anual na organização manteve-se em 4,1% em julho de 2025, praticamente inalterada face aos 4,2% registados em junho. Desde março, o indicador oscila entre 4,0% e 4,2%, refletindo uma tendência de estabilização.
No conjunto da zona euro, a inflação medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) estabilizou em 2,0% em julho, valor que se manteve em agosto segundo a estimativa rápida do Eurostat (2,1%). A subida dos preços da alimentação, no nível mais alto desde fevereiro de 2024, foi parcialmente compensada pela desaceleração na queda dos preços da energia.
Em Portugal, os dados oficiais inserem-se no padrão da média europeia, com o IHPC a acompanhar a trajetória de estabilização registada pela zona euro.
Entre os países da OCDE, destacaram-se a Turquia, único Estado-membro com inflação a dois dígitos, e a Eslovénia, onde se verificou a maior subida mensal, de 0,6 pontos percentuais. No extremo oposto, o México, a Polónia e a própria Turquia registaram descidas acima de 0,5 pontos. Fora do espaço europeu, o Costa Rica manteve-se em deflação pelo terceiro mês consecutivo (-0,6%).
No grupo do G7, a inflação global fixou-se em 2,6%, com uma inflação subjacente de 3,0%. No Canadá e no Japão, o indicador recuou 0,2 pontos, devido à queda dos preços da energia.
Globalmente, no G20, a inflação permaneceu estável em 3,8%. O caso mais extremo continua a ser a Argentina, onde o índice ultrapassa os 35%, apesar de ter registado ligeira descida em julho.