ISQ desenvolve soluções para uma agricultura inteligente

Foto: ISQ

Inteligência Artificial, Big Data, Machine Learning e Internet são expressões que estão na ordem do dia, em distintos setores e serviços, entre os quais a agricultura. É o mundo digital a revolucionar o que cultivamos e a forma como e quando o devemos fazer, trazendo vantagens relacionadas com diminuição de perdas, aumento de produção, rastreabilidade e precisão.

Para ajudar o setor agrícola a enfrentar os desafios relacionados com a  crescente variabilidade das condições climáticas, diretamente associada à dinâmica do crescimento das culturas, saúde vegetal, doenças e influxos de pragas, o ISQ desenvolveu várias soluções que disponibilizam recursos e serviços tecnológicos de apoio à decisão para uma agricultura sustentável e inteligente.

Fundado em 1965, o ISQ estava inicialmente vocacionado para o sector da construção soldada, à época uma tecnologia inovadora e crucial para o desenvolvimento da indústria portuguesa. Com as mudanças no setor industrial, a partir da década de 80, o ISQ orientou a sua área de atividade para outros sectores como o ambiente,e a segurança de instalações e equipamentos.

Agora a aposta alarga-se também ao setor agrícola, com o desenvolvimento da plataforma InteliCROP para, a partir de tecnologias de observação da Terra e métodos de inteligência artificial, identificar padrões e correlações em dados agro-climáticos específicos para mapeamento de ocorrências na agricultura.

 “Está em causa melhorar a monitorização de variáveis agrícolas, fornecendo informações e previsões confiáveis ​​sobre a produção, indicadores agrícolas, índices de vegetação, ou riscos fitossanitários, com a devida antecedência, para facilitar respostas e planeamento de contingência que possam proteger as culturas”, diz Pedro Matias, presidente do ISQ.

Outro exemplo de inovação na agricultura é o projeto, MAIS Tec – que além do ISQ, integra  também a SANJOTEC, Universidade de Aveiro, e a Tecminho – alinhado com a especialização presente na região Entre o Douro e o Vouga, apostando na transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos do sistema de I&I para as empresas.

Continuando na senda da tecnologia neste setor, a investigação de ponta também pode ser aplicada a estufas. Neste sentido, o ISQ desenvolveu ainda um dispositivo de Internet das Coisas (IoT)para a monitorização de estufas: a SmartGreenHouse. O objetivo é contribuir para uma agricultura sustentável por via do aumento do conhecimento dos meios de cultura e variáveis intervenientes.

“O dispositivo IoT permite medir em tempo real diversos indicadores, e.g. temperatura, humidade do ar, luminosidade, humidade no solo (cultura em substrato), electrocondutividade da solução de irrigação (cultura em hidroponia), pH da solução de irrigação (cultura em hidroponia), CO2, O2, qualidade do ar”, explica Pedro Matias.

Os dados medidos são enviados via wireless para uma base de dados integrada na plataforma digital. A plataforma desenvolvida permite visualizar o histórico de dados, monitorizar em tempo real as variáveis medidas, ou implementar modelos avançados para processamento e análise de dados. Assim, os resultados são disponibilizados num interface web, com possibilidade de também serem apresentados numa aplicação android.

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