José Miguel Queimado: “O nível dos concorrentes no Aceler@Tech é promissor”

Na foto: José Miguel Queimado / Acredita Portugal

Estão já na reta final as 20 startups do Aceler@Tech in Portugal, o programa internacional de aceleração, organizado pela Acredita Portugal e apoiado pelo Turismo de Portugal, que visa a criação e desenvolvimento de novos negócios baseados em ideias inovadoras e disruptivas no setor do turismo.

A iniciativa está já na sua segunda edição de um programa destinado a atrair para Portugal projetos de inovação na área do Turismo que contribuam para a sustentabilidade económica, social e ambiental, agregando tecnologias e métodos disruptivos que ajudem as empresas do setor a passar dos modelos operacionais tradicionais para tecnologias avançadas e processos mais eficientes.

A final está agendada para 24 de junho, quando serão conhecidas as três vencedoras da edição deste ano, mas, em entrevista ao Empreendedor, José Miguel Queimado, fundador da Acredita Portugal, faz um balanço positivo do programa e sublinha que o nível das startups concorrentes “é promissor”.

“Estamos muito satisfeitos com a seleção que fizemos. A média de financiamento das 20 startups do programa subiu de 300 mil para 4 milhões de euros e algumas já participaram em programas muito conhecidos, como o Y Combinator e o Techstars”, diz José Miguel Queimado.

Foto de Matheus Frade em Unsplash

“Entre as 20 equipas participantes estão representantes de vários países do mundo, como Estados Unidos, Israel, mas também Canadá e Singapura, por exemplo, sem esquecer que uma das startups selecionadas é portuguesa. As próprias ideias são muito inovadoras e, por isso, um contributo importante para o setor do Turismo em Portugal”, revela José Miguel Queimado.

“Uma delas propõe um sistema operativo para operadores turísticos, outra pretende digitalizar e eliminar a necessidade de fazer filas para receber a devolução do IVA, para os turistas internacionais e outra das startups tecnológicas pretende simplificar as viagens de transportes públicos, através de uma app que usa a geolocalização para garantir viagens mais simples e económicas, sem que seja necessário comprar bilhete nos diferentes transportes. Estes são apenas alguns dos 20 exemplos, mas consideramos que demonstram que estas ideias podem contribuir para modernizar e inovar o setor do Turismo no nosso país ”, conclui.

As três vencedoras da edição deste ano serão conhecidas a 24 de junho

Os 20 projetos finalistas

Foto de Pelayo Arbués em Unsplash

Inovação para acelerar o roadmap da indústria do Turismo

“O nosso principal objetivo é trazer soluções inovadoras que possam ajudar as empresas da indústria do Turismo a acelerar o seu roadmap de inovação”, explica José Miguel Queimado.

“Reduzir custos, aumentar o topline, ou até mesmo melhorar a experiência do cliente são alguns dos objetivos das empresas que vamos apoiar. Por esta razão é que há um contacto muito direto entre as startups e as empresas, no decorrer do programa, com as quais podem vir a fazer pilotos, criar sinergias e gerar vendas.”

“Estas startups, que, em certos casos, são consideradas as melhores do mundo no setor, poderão fazer pilotos ou estabelecer parcerias estratégicas com as empresas portuguesas”, frisa José Miguel Queimado “Estamos a falar de cadeias hoteleiras, restaurantes, agências de viagens, startups travel tech, setor público entre outros”, acrescenta.

A Acredita Portugal é uma associação sem fins lucrativos orientada para a promoção do empreendedorismo. Além de programas de aceleração gere ainda uma incubadora de empresas e, em conjunto com o Banco Montepio promove o maior concurso de empreendedorismo do país, realizado ao longo de 12 anos consecutivos.

“O Aceler@tech integra-se na nossa missão, essencialmente, de duas formas: Primeiramente, com este programa, seguimos a linha geral do nosso objetivo enquanto Acredita Portugal, que é apoiar empreendedores e ajudá-los a perseguir os seus objetivos e projetos. Outro fator importante é que está também alinhado com a nossa missão de querer tornar o ecossistema empreendedor em Portugal, e a economia em geral, neste caso, pelo Turismo, mais maduro e mais competitivo”, destaca José Miguel Queimado.

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