Com a 18.ª edição do QSP Summit marcada para os dias 1 a 3 de julho, no Porto e em Matosinhos, a QSP – Marketing Management & Research apresenta o estudo “The New Strategic Drivers”, um retrato atual dos principais desafios e prioridades para o futuro das organizações. A investigação foi conduzida com base nas respostas de 168 profissionais de diferentes setores e funções.
Um dos dados mais marcantes do estudo é a urgência em repensar os modelos de liderança. Para 89,3% dos profissionais, os novos desafios estratégicos exigem novos perfis de liderança — uma opinião quase unânime entre trabalhadores por conta de outrem (93,8%) e profissionais independentes (100%).
Apenas 0,6% considera que as lideranças atuais estão bem preparadas para o futuro. Esta perceção crítica revela um desfasamento profundo entre as exigências do contexto e a capacidade de resposta das chefias atuais.
Talento, IA e transformação digital no topo das prioridades
Quando questionados sobre os principais motores estratégicos, os profissionais colocam a gestão de talento e competências no topo da lista (51,8%), seguidos da inteligência artificial e automação (47%) e da transformação digital (36,9%). Valores como inovação, ética e cultura organizacional também surgem como elementos estruturantes, enquanto diversidade e inclusão são menos mencionados.
Apesar do reconhecimento da importância da adaptação estratégica, apenas 10,7% das empresas afirmam ter uma estratégia altamente adaptável. Um quarto (25,6%) revela dificuldades de adaptação e 10,1% não tem qualquer estratégia formalizada.
Para responder aos novos desafios, os profissionais apontam a necessidade de lideranças mais humanas, formação contínua e governação ágil, complementadas por alianças estratégicas e investimento em inovação.

Valores e competências para uma nova era empresarial
A cultura organizacional continua a centrar-se em valores como foco no cliente (47,6%), orientação para resultados (38,1%) e qualidade e excelência (37,5%). Na gestão de pessoas, destacam-se os desafios relacionados com o bem-estar e motivação dos colaboradores (31%), a retenção de talento (24,4%) e o desenvolvimento de competências (18,5%).
Entre as competências mais críticas para o futuro, os destaques vão para o pensamento crítico (57,1%), a adaptabilidade (39,9%), a capacidade de trabalhar com IA e dados (38,7%), a inteligência emocional (37,5%) e a literacia digital (35,1%).
Preparar o futuro com visão estratégica
Para Pedro Carneiro, Head of Marketing Research da QSP, os resultados revelam uma “consciência clara de que os modelos de liderança, as estruturas de talento e a capacidade de adaptação são fatores críticos de competitividade”. O especialista sublinha ainda que, num mundo dominado pela tecnologia, as pessoas continuam a ser o maior ativo organizacional, e o equilíbrio entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano será determinante para a sustentabilidade futura das empresas.
O estudo antecipa, assim, os temas centrais da próxima edição do QSP Summit, que promete marcar o debate sobre os novos motores estratégicos da transformação organizacional.