A Lispolis – Pólo Tecnológico de Lisboa consolida-se como o epicentro da inovação em HealthTech em Portugal, alavancando um ecossistema dinâmico que atrai talento, investimento e parcerias internacionais. Com cerca de 30 empresas na área da saúde e mais de 140 organizações tecnológicas instaladas no campus, a Lispolis, em colaboração com a HealthTech Lisboa e o testbed HealthTech Portugal, afirma a ambição de Lisboa se tornar um verdadeiro hub europeu de inovação em saúde.
O crescimento do setor no polo tem sido acelerado por iniciativas como o programa de aceleração Lispolis Ignite, o apoio a candidaturas à Portugal Ventures e o trabalho desenvolvido pela HealthTech Lisboa, um venture builder que já apoiou mais de 50 startups desde 2020. A incubação de projetos como a DeepNeuronic (IA para diagnóstico neurológico), a CRIAM (testes rápidos de sangue em emergência) ou a FastCompChem (simulações moleculares baseadas em computação quântica) demonstra a diversidade e ambição das soluções que estão a nascer neste ecossistema.
Segundo Pedro Rebordão, diretor de Promoção e Inovação da Lispolis, “atualmente, na Lispolis existe um ecossistema de saúde, onde todos os players, grandes empresas, startups, investidores, universidades e laboratórios podem participar, partilhar e impactar. Este é um vertical no qual a Lispolis aposta para continuar a contribuir para o empreendedorismo e inovação em Portugal”.
A par da incubação e aceleração, a infraestrutura física tem sido um dos pilares da consolidação do polo. Nos últimos dois anos, foram investidos cerca de 10 milhões de euros em espaços laboratoriais e salas de testes clínicos. A proximidade ao eixo hospitalar de Telheiras e Lumiar – com o Hospital da Luz, Hospital Lusíadas e Santa Maria – bem como às faculdades de Medicina e Engenharia, reforça a capacidade da Lispolis para testar soluções em contexto real.
O testbed HealthTech Portugal, cofundado pela Lispolis e reconhecido pela ANI como Testbed Europeu de Inovação Digital, é um dos instrumentos-chave desta transformação. Até ao momento, já apoiou mais de 80 projetos, disponibilizando uma plataforma “one stop shop” com serviços de IA, prototipagem, desenvolvimento de hardware e apoio regulatório.
Joaquim Ferreira, Diretor Clínico do CNS – Campus Neurológico, reconhece a importância de estruturar este ecossistema: “Lisboa dispõe de unidades clínicas e tecnológicas de excelência, que já desenvolvem projetos inovadores e com elevado potencial na área da investigação em tecnologias da saúde. No entanto, o desconhecimento frequente destas capacidades limita muito frequentemente a sua otimização e amplificação. A criação de um hub de tecnologias em saúde será seguramente um elemento crítico para potenciar este ecossistema enormemente promissor”.
Também Carlos Fontes, CSO da NZYtech, salienta a relevância do polo: “A presença da NZYtech na Lispolis insere-se numa estratégia ambiciosa de internacionalização e inovação no diagnóstico molecular. Este ecossistema tecnológico reforça a nossa capacidade de desenvolver soluções fiáveis e rápidas, adaptadas tanto a contextos hospitalares como de campo, num verdadeiro hub de HealthTech em Lisboa que está próximo do mundo”.
Eventos como o Lisbon Health Summit e o Lisboa Innovation Tour – HealthTech têm contribuído para reforçar a notoriedade da Lispolis no setor. No último tour, mais de 40 participantes, entre empreendedores, investidores, representantes hospitalares e investigadores, conheceram as soluções em desenvolvimento e reforçaram o compromisso com a inovação aplicada à saúde.
“Lisboa tem cada vez mais startups de saúde que precisam de acesso a clientes, de parcerias com faculdades, pilotos e investidores com expertise. Faz sentido ter um hub de saúde que crie estas oportunidades”, sublinha Luís Fernandes, cofundador e CEO da Usawa Care, vencedora do Lisboa Innovation for All.