Muitos comerciantes entram nos marketplaces com grandes expetativas, sem considerar os desafios associados à transição digital. O alerta é de Rúben Lamy, CEO da BIGhub, que defende: “Os marketplaces são poderosas plataformas de crescimento, mas exigem conhecimento e preparação. Caso contrário, o potencial converte-se rapidamente em frustração.” Com base na sua experiência no apoio à internacionalização de vendas online, a BIGhub, primeira aceleradora de vendas da Europa, identifica os três erros mais frequentes que afetam o desempenho das empresas no comércio digital — e apresenta formas práticas de os contornar.
Um dos erros mais recorrentes é a falta de conhecimento sobre o funcionamento das plataformas. Cada marketplace tem regras, comissões, públicos e exigências logísticas próprios. Ignorar estas especificidades pode levar à suspensão de contas ou a prejuízos operacionais. A BIGhub recomenda uma análise detalhada antes de entrar num novo canal, incluindo leitura contratual atenta, compreensão dos fluxos de pagamento e adaptação dos processos de venda às exigências técnicas e comerciais de cada plataforma.
Outro erro comum é concentrar todas as vendas num único marketplace. Embora a gestão multicanal possa parecer complexa, apostar apenas numa plataforma reduz drasticamente o alcance, a resiliência e a notoriedade da marca. A diversificação de canais permite atrair diferentes públicos e mitigar riscos operacionais. No entanto, deve ser acompanhada por uma estratégia de sincronização de preços, envios e stock, de forma a manter uma reputação consistente em todos os pontos de contacto.
A qualidade do serviço é o terceiro ponto crítico identificado pela BIGhub. No e-commerce, mais do que o produto, o que fideliza é a experiência do cliente. Falhas no apoio ao cliente ou atrasos nas entregas geram reclamações e penalizações na visibilidade das lojas nos marketplaces. Monitorizar os níveis de satisfação, investir em automatização e adotar ferramentas de gestão pós-venda são algumas das práticas recomendadas para garantir consistência e melhorar o posicionamento nos rankings internos das plataformas.
“O comércio digital não é só uma montra, é também um sistema vivo, onde se destacam os vendedores que melhor entendem as regras do jogo”, sublinha Rúben Lamy. “Com pequenos ajustes, é possível transformar falhas em vantagens competitivas. O segredo está em atuar com estratégia e recorrer, sempre que necessário, a parceiros especializados.”
A presença nos marketplaces é, hoje, essencial para os negócios que querem crescer no universo digital. Identificar e corrigir os erros mais frequentes pode ser o passo decisivo para converter dificuldades em oportunidades reais de crescimento.
