Mercado da música cresce 7% e vinil mantém peso nas vendas físicas

O mercado da música em Portugal cresceu 7% no primeiro semestre de 2025, impulsionado pelo streaming, enquanto o vinil manteve 74% das vendas físicas.

Foto de Rawpixel.com em Freepik

O mercado da música gravada em Portugal cresceu 7% no primeiro semestre de 2025, atingindo 39,99 milhões de euros, impulsionado pelo streaming e pelo aumento das subscrições pagas, segundo dados da Audiogest.

O digital voltou a ser o principal motor de crescimento, registando um aumento de 9% nas receitas, que totalizaram 17,97 milhões de euros. Já o mercado físico desceu 6%, fixando-se nos 4,83 milhões, com os CDs em queda de 20%. O vinil, no entanto, reforçou a sua posição e representou 74% das vendas físicas.

Também os direitos conexos cobrados e distribuídos a produtores e artistas registaram um crescimento significativo de 10%, alcançando 16,88 milhões de euros. Globalmente, os números confirmam a resiliência do setor, que soma mais de três mil lançamentos em língua portuguesa no semestre, sendo que 75% são de artistas nacionais.

“A música portuguesa é reconhecida internacionalmente, mas o seu valor económico continua a ser subestimado. É urgente que os decisores políticos reconheçam o peso desta indústria e preservem o seu futuro face aos desafios crescentes da inteligência artificial”, alerta Miguel Carretas, diretor-geral da Audiogest.

Nos tops de consumo digital e rádio, os artistas portugueses dominam as preferências do público. Plutónio, Nilo, Napa e Calema lideram no streaming, enquanto Plutónio, Mizzy Miles, Slow J, Lon3r Johny, ProfJam e Dillaz se destacam no airplay e nos álbuns mais ouvidos.

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