Motores de combustão tornam-se minoria na União Europeia

Os motores de combustão na União Europeia caíram para 36,6% das novas matrículas, segundo a TechGaged.

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Segundo uma análise divulgada pela TechGaged, os motores de combustão representam agora apenas 36,6% das novas matrículas na União Europeia, ultrapassados pela maioria de veículos eletrificados, numa mudança estrutural sem precedentes no setor automóvel europeu.

Os motores de combustão já não são a escolha dominante na União Europeia. Uma análise da TechGaged revela que, em 2025, estes modelos representam apenas 36,6% das novas matrículas, sinalizando uma viragem histórica no mercado automóvel europeu. De acordo com o relatório, a maioria do parque automóvel recém-registado é agora composta por veículos eletrificados, incluindo híbridos, híbridos plug-in e automóveis totalmente elétricos.

Segundo a TechGaged, os modelos híbridos lideram as vendas, com 34,6% das novas matrículas, seguidos dos veículos totalmente elétricos, que atingiram 16,4%, e dos híbridos plug-in, com 9,1%. O estudo explica que esta tendência resulta da combinação entre políticas de redução de emissões, maior disponibilidade de modelos, custos de propriedade mais competitivos e uma crescente pressão regulatória sobre motores a gasolina e diesel.

Rokas B., analista sénior da TechGaged, afirma que “a Europa cruzou o ponto de não retorno”, sublinhando que os motores de combustão deixaram de ser o padrão e que os powertrains eletrificados se tornaram mainstream. O analista defende que esta transformação está a reconfigurar toda a cadeia de valor automóvel, das linhas de montagem ao desenvolvimento de software, passando pela infraestrutura de carregamento.

O relatório indica ainda que as vendas de híbridos superaram três milhões de unidades em 2025, enquanto os modelos a gasolina recuaram para 31,28% das matrículas e o diesel caiu para 9,2%. A TechGaged destaca que, ao contrário de mercados como Estados Unidos e Japão, onde as vendas de elétricos abrandaram, a Europa mantém uma trajetória consistente de eletrificação, reforçada pelo aumento das zonas de baixas emissões e pelo encarecimento dos veículos convencionais.

Os analistas projetam que, em 2026, a quota dos veículos totalmente elétricos deverá aproximar-se dos 18 a 20%, impulsionada pelo lançamento de novos modelos acessíveis, enquanto o diesel continuará a perder relevância. A transição energética, segundo a TechGaged, deixou de ser perspetiva futura e transformou-se numa realidade que está a remodelar a indústria automóvel europeia em ritmo acelerado.

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