Mariana Garcia fundou a Número M Agency aos 21 anos e está a redefinir o marketing digital com agilidade, especialização e uso inteligente da IA.
Aos 21 anos, Mariana Garcia fundou a Número M Agency, uma agência de marketing digital com sede em Lisboa e ambições globais. Em apenas seis meses, a jovem empreendedora conquistou clientes de referência como a ModaLisboa e posicionou a sua agência como uma alternativa especializada num mercado saturado por agências generalistas e freelancers dispersos.
A Número M nasceu da constatação de uma lacuna concreta: a dificuldade em encontrar uma agência realmente especializada em redes sociais. “O que hoje resulta, amanhã pode já estar ultrapassado”, explica Mariana, apontando a volatilidade do setor como um dos maiores desafios. Para responder a este ritmo acelerado, a agência aposta na formação contínua, análise estratégica e acompanhamento de tendências junto de fontes reconhecidas, como a SEMrush Academy e plataformas como a @creators.
“Enquanto muitas agências tradicionais se perdem em processos longos e burocráticos, nós destacamo-nos pela agilidade e proximidade com os nossos clientes. Trabalhamos com liberdade criativa, adaptando-nos rapidamente às necessidades e oportunidades em tempo real”, afirma.
Segundo Mariana, o posicionamento da Número M procura precisamente o equilíbrio entre os dois extremos do setor: “Por um lado, as grandes agências tradicionais, muitas vezes distantes e pouco ágeis; por outro, freelancers sobrecarregados que não conseguem oferecer profundidade. A nossa resposta passa por reunir profissionais especializados — de designers a videógrafos — garantindo assim excelência técnica e estratégia criativa.”
Num setor cada vez mais impactado pela inteligência artificial, Mariana vê esta tecnologia como uma aliada, desde que usada com critério. “Uso IA todos os dias, e ainda sinto que poderia aproveitar muito mais. É fundamental saber quando e como a utilizar”, sublinha.
Na criação de conteúdo, a IA pode ser útil para estruturar ideias, testar redações ou gerar alternativas. Mas Mariana é clara: “A estratégia nunca deve ser criada unicamente por IA. Cada negócio tem nuances que exigem uma visão humana sensível.”
Partilhando uma reflexão já publicada no LinkedIn da agência — “Será que a IA se está a tornar no fast food da criação de conteúdo?” — Mariana reforça que a tecnologia, sem visão criativa, resulta em conteúdos genéricos. “Acredito verdadeiramente que ‘os profissionais não serão substituídos pela IA, mas por quem souber usá-la bem’. Se usada com inteligência, reduz custos, acelera processos e amplia a capacidade criativa.”
O percurso de Mariana é feito de ambição, consistência e, como admite, também de momentos de dúvida. “Nem todos os dias são positivos. Há momentos em que me sinto no topo do mundo… e outros em que me questiono se estou a seguir o caminho certo. E está tudo bem com isso. É parte do processo.”
Sobre os primeiros passos da agência, Mariana revela que muitas oportunidades surgiram naturalmente. “Não as procurei ativamente — mas estava presente, ativa e visível. Participei em eventos, falei com pessoas, partilhei a minha visão.”
É essa visibilidade e movimento constante que Mariana recomenda a outros jovens empreendedores: “Nunca deixem de se mexer. Criem redes, falem sobre o vosso negócio, estejam visíveis. E, sobretudo, não desistam nos dias maus — porque dias bons virão.”