Da antiga PowLean! à nova Trema Creative, a mesma empresa mas uma mudança estratégica que aposta na escuta, na criatividade com propósito e numa comunicação mais humana.
A fundadora e CEO da Trema Creative, Pauline Joaquim, acredita que o marketing digital atravessa um momento de excesso: de ruído, de formatos, de produção desenfreada. Contra essa corrente, defende uma abordagem mais intencional, mais humana e profundamente alinhada com o negócio e a cultura das marcas. É com esse posicionamento que a Trema acaba de conquistar a conta da Staples Portugal, dando novo fôlego a uma agência que, até há pouco, operava sob outro nome: PowLean!
A mudança de identidade foi mais do que estética — foi estratégica. “A identidade da PowLean! nasceu numa fase muito inicial, num registo quase artesanal. Mas a agência cresceu, tornou-se um coletivo com uma visão partilhada e uma abordagem muito mais intencional”, explica Pauline. O rebranding, que decorreu em maio de 2025, marcou esse ponto de viragem. “A Trema nasce para espelhar o que já éramos: uma agência crítica, criativa e próxima, com foco em comunicação que faz sentido — e não só ‘barulho’.”
Segundo a fundadora, a reação do mercado não podia ter sido mais positiva. “Mais do que uma mudança de nome, foi um momento de alinhamento. E esse alinhamento tem-nos permitido atrair as marcas certas — as que procuram um parceiro estratégico, e não só um prestador de serviços.”

Criatividade com escuta
A visão de Pauline sobre o setor é clara: comunicar não é produzir em massa, é criar significado. “Vivemos uma era de excesso. As marcas são incentivadas a estar em todo o lado, a comunicar sem critério. Mas comunicar bem não é gritar mais alto — é saber o que dizer e quando dizer.” Na Trema, esse princípio traduz-se num processo centrado na escuta, no foco e na utilidade. Cada estratégia começa por entender a marca, os seus dilemas e o seu público. Depois, decide-se onde estar, como falar e a quem chegar — sempre com coerência, relevância e intenção.
“Não seguimos fórmulas. Cada solução é pensada à medida. A humanização do digital acontece quando deixamos de falar de algoritmos e começamos a falar de pessoas. A empatia entra na estratégia e os resultados surgem como consequência de uma comunicação com verdade.”
Staples: criatividade com propósito
A recente vitória no pitch para a gestão digital da Staples Portugal confirma a força da abordagem da Trema. Pauline descreve o processo como um encontro entre visão estratégica e empatia. “A Staples procurava mais do que boas ideias — queria uma agência com sensibilidade para o negócio, capacidade de adaptação e entendimento do consumidor atual. A nossa proposta foi criativa, sim, mas sobretudo honesta.”
O plano agora é construir uma presença digital mais próxima, coerente e útil, com conteúdos que criem relação e reflitam a atualidade da marca. “Queremos mais do que engagement. Queremos criar ligação e relevância duradoura.”