Portugal regista maior queda de rendimento real na OCDE

O rendimento real dos portugueses caiu 4,5% no primeiro trimestre de 2025, a maior quebra entre os países da OCDE, segundo dados divulgados esta semana pela organização.

Foto de Rawpixel.com em Freepik

Portugal registou, no primeiro trimestre de 2025, a maior quebra do rendimento real por habitante entre os países da OCDE, com uma descida de 4,5%, segundo o mais recente relatório do organismo. A redução está associada a um aumento dos impostos a pagar pelas famílias, que sucede a uma diminuição ocorrida no trimestre anterior devido a alterações fiscais. O Produto Interno Bruto (PIB) real por habitante também caiu, com um recuo de 0,6%.

Em contraste, o rendimento real médio por habitante nos países da OCDE subiu 0,1% no mesmo período, embora tenha desacelerado face ao crescimento de 0,6% observado no trimestre anterior. A evolução foi acompanhada por um abrandamento no crescimento do PIB real por habitante, que passou de 0,4% para os mesmos 0,1%.

Entre os países do G7, a maioria registou aumentos no rendimento real das famílias. Em Itália, o rendimento cresceu 1,0% após uma contração, enquanto nos Estados Unidos houve um avanço de 0,5%, apesar de uma queda do PIB real por habitante. França e Canadá registaram subidas ligeiras, e apenas o Reino Unido e a Alemanha observaram quebras — de 1,3% e 0,4%, respetivamente — devido à erosão do rendimento nominal provocada pela inflação.

No universo da OCDE, o Chile destacou-se com a maior subida do rendimento real (3,1%), impulsionado pela descida da inflação e por um aumento do PIB real por habitante.

O relatório da OCDE sublinha ainda que o desempenho desigual entre países reflete os diferentes estágios de recuperação económica, políticas fiscais e níveis de inflação, num contexto global de incerteza económica.

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