O Grupo Cegos divulgou um estudo internacional sobre novos gestores, focado em colaboradores que assumem, pela primeira vez, funções de liderança. Em Portugal, apenas 83% destes profissionais afirmam sentir-se bem no cargo, o valor mais baixo entre os 10 países abrangidos.
O relatório, que ouviu 4.271 gestores e 441 diretores de RH, revela que 34% dos novos líderes em Portugal não conseguem apoiar devidamente as suas equipas em questões interpessoais – ainda assim, o segundo valor mais baixo.
Globalmente, 77% dos gestores já integraram inteligência artificial nas suas práticas, valor idêntico em Portugal. Também se verificou que 95% dos inquiridos têm uma visão clara do seu papel (97% em Portugal). Apesar disso, 20% dos gestores portugueses enfrentam dificuldades em equilibrar vida pessoal e profissional.
Outro dado relevante é que 57% dos RH portugueses reportam dificuldades em identificar perfis para a função, o valor mais elevado do estudo. Ainda assim, só 8% dos colaboradores identificados recusaram a promoção – o valor mais baixo.
O estudo destaca ainda que os gestores se sentem realizados: 84% dos portugueses acreditam estar a ter um bom desempenho. A média de autoavaliação em Portugal é de 7,68 (numa escala de 0 a 10), abaixo dos 7,93 globais.
A liderança, a comunicação e a tomada de decisão estratégica são as competências mais valorizadas. Portugal destaca-se pela maior ênfase nas soft skills, sendo as competências humanas priorizadas por 62% dos RH.