Reach: A nova aceleradora europeia de dados

Imagem de Gerd Altmann do Pixabay

REACH é o novo consórcio europeu para apoiar a incubação e a aceleração de startups com soluções baseadas em dados, potenciando o desenvolvimento, acesso a financiamento e comercialização de produtos ou serviços data-driven. Com uma duração de três anos e meio, o programa terá três períodos de candidatura, sendo que o primeiro deverá abrir em meados de novembro.

O consórcio conta com parcerias de entidades de nove países europeus, incluído empresas de formação, programação e consultoria e empresas do setor comercial de retalho que vão fornecer os dados para serem trabalhados pelas startups participantes.

Entre as empresas portuguesas que integram o consórcio está a Bright Pixel, que será uma das 10 entidades responsáveis pela vertente de incubação e aceleração e a Sonae MC, responsável pelas lojas Modelo e Continente que irá disponibilizar dados para que as startups possam apresentar soluções que respondam às necessidades deste tipo de empresas.

programa deverá abrir em meados de novembro.

“Ao participarmos neste novo consórcio europeu estaremos envolvidos na seleção das startups e no seu respetivo acompanhamento, em termos de validação do produto, estratégia de go-to-market e angariação de fundos, colocando o nosso know-how à disposição”, explica Benjamin Júnior, membro do board da Bright Pixel.

Além das empresas portuguesas integram o programa entidades da Bélgica, Espanha, Estónia, França, Grécia, Irlanda, Itália e Turquia. Na oferta de dados estão ainda grandes empresas como a Migros, retalhista turca com mais de 2.000 lojas; a VRT, televisão e rádio belga; e a Idea75, PME italiana que desenvolve projetos de Indústria 4.0 e eficiência energética. Entre as entidades responsáveis pelas vertentes de incubação e de aceleração, o consórcio reúne a CEA, instituto francês de investigação e desenvolvimento, a Zabala, consultora de inovação espanhola, a EstBAN, rede de business angels da Estónia, entre outras.

O programa REACH materializa-se num incentivo financeiro, de até 120 mil euros para cada startup, (num total de 3,5 milhões de euros equity free) e em mentoria técnica e de negócio. Cada período de incubação/aceleração dura 11 meses e divide-se em quatro fases, a de Exploração, que arranca com 30 a 40 startups e está voltada para a validação da ideia; a de Experimentação, dedicada ao desenvolvimento dos MVPs e para a qual só seguem 10 startups; a de Evolução, reservada à definição da estratégia de lançamento no mercado por parte das 5 melhores startups; e, por último, a de Exposição, em que as startups que chegaram até à etapa anterior são desafiadas a fazer networking e reunir com investidores para conseguir levantar fundos.

“Encaramos o REACH como uma oportunidade de promover sinergias e impulsionar a criação de startups disruptivas com soluções baseadas em dados que, de outra forma, poderiam não ter condições favoráveis para ser bem-sucedidas e que têm potencial para resolver necessidades de mercado já identificadas ou dar origem a produtos/serviços versáteis e a modelos de negócio inovadores. Esta abordagem articulada garante um apoio especializado às startups em diferentes momentos, vindo de data scientists, da própria Academia, de incubadoras/aceleradoras e até de investidores”, acrescenta Benjamin Júnior.

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