Reclamações à AIMA aumentam 37% no início de 2025

Atrasos nos processos e dificuldades de agendamento lideram as queixas dirigidas à Agência para a Integração, Migrações e Asilo, que regista um baixo índice de satisfação.

Foto de Portal da Queixa

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) foi alvo de 593 reclamações no Portal da Queixa durante os primeiros quatro meses de 2025, o que representa um aumento de 37% face ao último quadrimestre de 2024. Os dados revelam crescentes dificuldades enfrentadas pelos utentes nos processos de regularização e comunicação com a agência.

A demora na entrega de documentos e processos, como cartões de residência e vistos, é o principal motivo de queixa, representando 37,23% do total. Seguem-se os problemas de agendamento e contacto, com 30,7%, que incluem falta de resposta a e-mails e informações incorretas.

Outras reclamações referem-se a documentação incorreta ou pendente (12,61%), atendimento ao cliente insatisfatório (6,23%) e falhas técnicas (5,62%).

na foto: balcão de atendimento da Agencia para a Integração Migrações e Asilo (Aima)

O nível de satisfação dos utilizadores com a AIMA continua muito baixo. A página da entidade no Portal da Queixa apresenta um índice de satisfação de apenas 17,8 em 100, com taxa de resposta de 13,3% e taxa de solução de 14,9%. Até 12 de maio, já foram registadas 100 novas reclamações no portal.

Casos como o de Gabriela, que aguarda há mais de sete meses o seu cartão de residência após entrevista realizada em outubro de 2024, são exemplo da frustração crescente dos utentes. “Dizem que são 90 dias pra chegar o cartão e até hoje o meu nada”, escreveu.

A evolução das queixas indica que os desafios estruturais da AIMA continuam por resolver, impactando diretamente milhares de cidadãos em situação migratória em Portugal.

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