Seis em cada dez portugueses consideram que as comissões de manutenção de conta são demasiado elevadas, segundo um estudo realizado pela Nickel, instituição do grupo BNP Paribas, em parceria com a DATA E. O valor médio anual das comissões ronda os 52 euros, mas o impacto varia consoante a região: Algarve e Norte apresentam custos acima da média, enquanto Alentejo e Porto registam valores mais baixos.
O fator preço continua a ser determinante na escolha de um banco, já que metade dos inquiridos afirma ter em conta o valor das comissões no momento de decidir onde abrir conta. Apesar disso, 46% dos portugueses admite não se recordar da última vez que consultou o preçário do seu banco e 31% reconhece não conhecer este documento, percentagem que sobe para 39% no Alentejo. No Porto (44%) e no Centro (45%), a percentagem dos que consultaram recentemente o preçário está acima da média nacional.
“Os resultados deste estudo revelam que muitos portugueses não estão totalmente informados sobre os encargos associados à sua conta bancária e sentem que pagam comissões demasiado elevadas. Este cenário reforça a importância de soluções mais claras, equilibradas e adaptadas às necessidades da população, promovendo uma relação mais justa e transparente com os serviços financeiros”, afirma João Guerra, CEO da Nickel Portugal.
O estudo foi desenvolvido entre 1 e 4 de abril de 2025, a partir de uma amostra de 1015 indivíduos residentes em Portugal continental e regiões autónomas, com idades entre os 18 e os 64 anos, representando as várias regiões NUTS II.