A Web Summit regressa a Lisboa de 10 a 13 de novembro, reunindo mais de 70 mil participantes e reforçando o papel de Portugal no mapa mundial da inovação.
A edição de 2025 da Web Summit arranca esta tarde, às 19h, no MEO Arena, marcando o início de quatro dias em que Lisboa se torna o maior ponto de encontro internacional de empreendedores, investidores e líderes tecnológicos. A organização prevê a presença de mais de 70 mil pessoas, 2.500 startups expositoras, 1.000 investidores e 900 oradores.
O Brasil surge este ano com destaque, levando 300 startups — uma presença que reflete a expansão do evento também no Rio de Janeiro, uma das cidades que acolhe a cimeira. Portugal mantém igualmente um papel relevante através do programa Road 2 Web Summit, uma parceria entre a Startup Portugal e a organização do evento, que apoiará 115 startups nacionais. Desde 2016, este programa já impulsionou mais de mil empresas, que no total captaram 40 milhões de euros.
Outras 63 startups participam com o apoio da Unicorn Factory Lisboa, das quais 30% são lideradas por mulheres. Em 2024, 44% das startups presentes foram fundadas por mulheres — o valor mais alto de sempre — e as mulheres representaram 42% dos participantes e 37% dos oradores.

Um novo espaço para networking e colaboração
Entre as novidades deste ano está o Pavilhão Jardim, um espaço inteiramente dedicado ao networking. O CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, anunciou-o na rede social X, referindo: “Este ano projetamos e construímos um pavilhão 5 totalmente novo para o Web Summit. É um espaço interno enorme dedicado ao networking, com um incrível jardim externo também voltado para essa atividade.”
A inovação portuguesa em destaque
Para Bernardo Fernandez, cofundador e CEO da Bling Energy, “a cada edição, a Web Summit desafia-nos a olhar para o futuro, para as ideias, tecnologias e tendências que estão a transformar o mundo, e reforça a posição de Portugal como palco global de inovação.”
Miguel Ribeiro, cofundador e CEO da sheerME, recorda que a empresa nasceu neste contexto: “A sheerME é uma verdadeira filha da Web Summit, pois foi aí que começámos a dar os primeiros passos rumo à internacionalização e onde se abriram as portas para o mercado brasileiro.”
Também Nuno Comando, diretor da Casa do Impacto, sublinha a importância da cimeira para as startups de impacto social: “É uma oportunidade para escalar soluções inovadoras que abordem desafios sociais e ambientais globais, conhecer outras realidades e fomentar o empreendedorismo mais inclusivo e sustentável.”

Filipe Ferreira, cofundador da Air Apps, acrescenta que “Portugal deixou de ser apenas um ponto no mapa, é um ecossistema capaz de criar produtos de classe mundial.” Já Pedro Rebordão, diretor de Inovação da Lispolis, destaca o impacto recorrente da Web Summit: “Todos os anos sentimos três benefícios claros: a energia positiva que contagia todo o ecossistema, a oportunidade de interagir com líderes globais e a descoberta de novos projetos e founders com quem, em poucos minutos, avaliamos como a Lispolis pode ajudar a acelerar o seu crescimento.”
Empresas globais como a Cloudflare, Meta, Qualcomm, Microsoft, Lovable, IBM e Adobe terão presença confirmada, reforçando a relevância da cimeira como palco de debate sobre os desafios tecnológicos e económicos da atualidade.

Um palco que continua a projetar Portugal
Com uma agenda que cruza tecnologia, sustentabilidade, diversidade e talento, a Web Summit 2025 reforça o estatuto de Lisboa como uma das capitais mais vibrantes da inovação europeia. A sessão de abertura promete voltar a unir o ecossistema global sob uma mesma ideia: transformar o futuro através da colaboração e da tecnologia.







