7 Formas de saber se a sua ideia vale a pena

Avalie se a sua ideia é um bom negócio
Foto de Gerd Altmann em Pixabay

Chegou a hora de descobrir o potencial da sua ideia. Pode ser que tenha um tesouro na sua cabeça, mesmo que não tenha dinheiro no seu bolso… Com apenas 7 perguntas você vai poder verificar se a ideia que pensou tem capacidade para ser um bom negócio ou não. 

Neste artigo vamos esclarecer dúvidas que possam existir sobre as oportunidades que percebe no seu dia-a-dia. E claro, você poderá ajudar os seus amigos a avaliar se a ideia deles é boa para empreender um negócio. Será uma maneira mais certeira de dar uma opinião valiosa. 

QUANTAS VEZES VOCÊ FICOU EM DUVIDA SOBRE SUA IDEIA SER BOA OU NÃO?

Pense bem. Quantas vezes teve uma ideia e ficou empolgado com ela, mas pouco tempo depois veio a dúvida: Será que é mesmo uma boa ideia?

Muitos dos meus seguidores falam comigo sobre isso. Quase todos nós temos ideias, mas quantas têm potencial? 

Essa é uma dúvida de quem quer empreender. Quem não tem noção nenhuma de empreendedorismo, tem ideias e acham que elas são maravilhosas e pronto. Geralmente não lhes ocorre passá-las à prática e, por isso, não se sentem na obrigação de as validar. Quanto muito, esperam que alguém as realize no seu lugar.

Mas, se você é empreendedor, esta é uma frase que deveria nunca mais esquecer: 

IDEIAS INCRÍVEIS NÃO SIGNIFICAM NEGÓCIOS INCRÍVEIS.

Pode ser duro mas é uma verdade imutável. Entre uma ideia maravilhosa e ela ser um negócio maravilhoso existe uma galáxia de distância. 

Porque é tão longa essa jornada, não faz sentido considerar que uma ideia muito boa vai ser um negócio muito bom.

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COMO DESCOBRIR O POTENCIAL DA SUA IDEIA, MESMO SEM DINHEIRO?

A primeira coisa é entender que deve sempre fazer estas perguntas: 

  1. Essa ideia é mesmo boa? 
  2. Pode tornar-se um negócio? 
  3. Vale a pena investir?  

Veja bem, só com estas perguntas já elimina o primeiro grande problema: achar que sua ideia é extraordinária, sem colocá-la em teste. Avançar com uma ideia sem, ao menos, questionar se ela faz sentido, é insanidade. A chance de correr mal beira o 101%! 

Muito bem, agora que desligou o botão “sou o Bill Gates”, vamos falar a sério como empreendedores…

7 PERGUNTAS PARA DESCOBRIR O POTENCIAL DA SUA IDEIA COM POUCO DINHEIRO

Existem 7 perguntas que deve fazer para desvendar o quanto a sua ideia tem potencial. No final poderá tomar uma decisão muito mais coerente sobre se a deve seguir ou não

Lembre-se que quem vai decidir se o negócio será um sucesso ou um fracasso é o mercado, e você não o pode controlar. 

Mas pode:

  1. Cortar as ideias que certamente dariam errado;
  2. Eliminar as partes que causariam problemas;
  3. E direcionar os esforços para onde tem mais potencial de dar certo.

Com esses 3 benefícios as suas chances de sucesso começam a saltitar como pipocas. 

#1 – TEM MERCADO?

Agora escreva. Porque para avaliar a sua ideia é sempre melhor tê-la no papel. 

É claro que essa é a primeira pergunta. 

Alguma vez lhe aconteceu sair à noite para se divertir e entrar na primeira boate que apareceu? 

Provavelmente não. Certamente procurou referências, falou com as pessoas se elas também iriam. Afinal você quer encontrar amigos e estar num local com uma boa vibe. Qual seria a graça de ir a uma festa vazia? 

A mesma coisa acontece com o mercado. 

Não adianta nada você criar algo e não ter um público para consumir, jamais será um negócio se não tiver quem pague. Portanto, avalie qual é o potencial do mercado que você iria atacar.

Quanto mais aquecido – fervendo mesmo – estiver esse mercado, mais dinheiro tem por lá.

O que significa? Que as pessoas têm mais disposição de pagar por soluções. Quer dizer que elas consideram essa área importante. 

Não quer dizer que em mercados com pouca gente não tenha oportunidades, mas que é muito mais difícil. Requer muito mais investimento, para quem está com pouco dinheiro.  

Encontrar mercados aquecidos é aumentar as oportunidades de retorno.

A sua ideia aponta para um mercado grande? Excelente, mas isso não basta. 

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#2 – ESTÁ CRESCENDO?

Essa questão é mais esquecida que o aniversário do primeiro beijo. As pessoas até analisam o mercado em que querem entrar – não com tanta veemência como falamos antes – mas acabam olhando de leve. Agora se o mercado é crescente – Aí, meu amigo, é um terror! 

É importante avaliar o tamanho do mercado e a sua tendência. 

Às vezes o mercado é grande, mas está saturado e em queda. É um problema começar um negócio num ambiente que já tem muita gente comendo o bolo e as fatias ficam cada vez menores.

Você quer mesmo entrar numa disputa onde já tem gente se matando pelos pedaços que estão cada vez menores? 

Quer dizer que é impossível? Não. Quer dizer que é muito difícil e não vale a pena. Sobretudo para quem tem pouco dinheiro… 

Prefira mercados aquecidos e crescendo. As suas oportunidades de obter retorno crescem também.

#3 – AS PESSOAS VÃO COMPRAR?

Espero que você tenha entendido que a ideia de negócio é só uma parte da história. O simples fato de como as pessoas compram já pode inibir muitos possíveis negócios. 

  • Como as pessoas vão fazer a transação?
  • Como vão pagar e receber a sua solução?

Às vezes existem “questões complicadoras” nessa negociação que inviabilizam a forma de fazer o negócio ou o tornam pouco atraente.

Pode acontecer que o serviço que oferece fica mais difícil de comprar do que pensou no início. Ou – o mais comum – a forma de entregar esse produto ou serviço torna-o muito caro, ou complexo de fazer. E isso acarreta menos oportunidades do cliente o querer. 

Tão importante quanto o que oferece é por quanto e como o entregará. 

Avalie com frieza o quanto esse formato que imaginou é justo para o mercado. Pense quantas vezes você adquiriu algo só porque foi muito fácil comprar e receber. 

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#4 – E USAR?

Você precisa considerar que o negócio não termina na venda. Mais importante é o cliente usufruir do seu produto ou serviço.

Como dizer que um livro é bom ou ruim sem ler? 

Mais importante do que eu ter vendido mais de 25000 cópias do meu livro “Sem Dinheiro – Como criar uma Startup com pouca grana” são as pessoas que leram o livro. Ao usarem o meu produto criamos vínculos e elas recomendam, alargando o número de consumidores.

O uso do produto/serviço faz com que reflita bem sobre o quão bom ele é, o quanto é necessário e também tudo que abrange para que você construa e entregue essa solução.

É importante pensar em como as pessoas vão usar o seu produto ou serviço para ver se:

  • É complexo para o cliente usar sozinho;
  • Vai mesmo resolver o problema em questão; 
  • Precisar de apoio ao cliente.

Cada um desses pontos envolve custos que podem inviabilizar o negócio. Considere-os para avaliar o potencial da sua ideia. 

#5 – É UM PRODUTO/SERVIÇO FINITO OU CONTINUO? 

Essa é uma questão um pouco mais avançada, mas que vale muito a pena considerar. Através dela pode perceber o potencial futuro da sua ideia de negócio e a sua viabilidade. 

É triste, mas comum, as pessoas não considerarem o quanto vão ter que gerar de entrada – e como farão isso – para analisar se vale a pena ou não. 

Por exemplo, você quer vender um produto na área de gastronomia e tem uma pequena margem sobre ele. Para manter tudo a pleno vapor, terá que vender várias unidades todo mês. 

Só que o seu produto não é de consumo comum, mais para momentos especiais. Então, a probabilidade dos clientes continuarem comprando é menor, o que significa que tem de desenvolver um esforço extra para encontrar novos clientes constantemente. 

Quanto mais fácil for conseguir novos clientes, ou manter as pessoas comprando no seu negócio, maior é o potencial dele. 

Pode analisar essa parte da sua ideia a partir das seguintes perguntas: 

  1. O cliente vai comprar apenas uma vez?
  2. Precisa de despertar constantemente a necessidade de compra?
  3. Ou será uma compra que continuará através de uma mensalidade, semestralidade, anuidade?

Desta forma estará analisando a quantidade de clientes a entrar e manter, relativamente aos custos de funcionamento. 

Claro que você quer crescer, mas primeiro precisa ficar de pé, para depois pensar em caminhar. 

#6 – QUANTO VAI GASTAR POR ISSO?

Essa questão tem relação direta com a de cima, pois ajuda a verificar a força de venda que vai ter que fazer. Só que apenas descobre isso se souber quanto custa. 

Claro que as pessoas consideram o gasto do negócio, mas elas fazem isso de uma forma muito desleixada.

Quando me apresentam ideias eu pergunto: “E como você vai lidar com tal custo?” É nessa altura que a pessoa faz aquela cara de surpresa – tipo: atrasou a menstruação – e fala mansinho: “Eu nem tinha considerado isso…”

Coloque os custos, pelo menos os que você acredita que terá no início, para avaliar se a ideia tem potencial ou não. Só assim terá condições de decidir se deve ou não seguir adiante. Sobretudo se tem pouco dinheiro e não se pode dar ao luxo de não ter certeza dos gastos envolvidos

Quem não sabe o quanto gasta, jamais vai saber quanto ganha. 

Ver os principais valores envolvidos para o negócio operar, vai dar uma perspectiva mais real do potencial negócio que tem em mãos. 

Imagem de athree23 por Pixabay

E por fim, com custos e a maneira que imaginou para ganhar dinheiro lá no ponto 3 vai agora fazer a pergunta matadora:

Vai sobrar dinheiro?

Nunca se esqueça que, se não tem essa perspectiva, vai ser difícil criar um negócio. Você pode criar uma ONG, mas uma empresa precisa de lucro.  

#7 – É UM BOM NEGÓCIO?

Chega o momento de encarar a verdade e, aqui, o critério mais importante é ser honesto. Depois de todas essas questões, ainda considera que tem em mãos um bom negócio?

O mercado que existe, para onde está indo, a forma de uso, venda, o que gasta e ganha… Com toda a honestidade, parece-lhe algo promissor?

Lembre-se que a maior parte das ideias não são bons negócios. E mesmo as que parecem ser um bom negócio acabam por não dar certo. Então…

É normal perceber que não é um bom negócio. 

Isso não quer dizer que jogue no lixo. Toda a ideia, para se tornar um negócio, precisa de ajustes. Entenda que até agora, o que pensou pode não parecer promissor. Cabe ajustar, analisar mais, encontrar outras alternativas. 

E se você chegou a conclusão que tem potencial – que sim é bom negócio. 

Fico muito feliz depois de todos esses filtros, a a sua ideia ainda parece ter potencial. Agora deve considerar dar novos passos. Afinal a ideia era fazê-lo analisar isso: tenho uma ideia para seguir adiante? 

NÃO CONFUNDA CONFIANÇA COM ESPERANÇA

Se você percebeu que tem potencial e confia nisso, ótimo! É o que precisa para encarar os próximos passos.

Muita gente não quer ser honesto e dizer – não me parece tão bom. E prefere simplesmente ligar o botão da esperança que vai dar certo. Isso é muito perigoso.

Lembre-se também que este é um jeito de ver com mais velocidade se vale a pena ou não continuar pensando. Você pode e deve avaliar mais coisas quando for partir para a execução. 

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O objetivo aqui era você definir – será que essa ideia merece minha atenção? 

Ter esperança e acreditar leva os empreendedores a seguir adiante. O normal é não acreditarem em si, no entanto, se fizer esta análise completa com as 7 perguntas que lhe dei vai ganhar confiança para seguir em frente: 

  1. Tem mercado?
  2. Está crescendo?
  3. Como vai ganhar dinheiro?
  4. Como as pessoas vão adquirir o produto ou serviço?
  5. É um produto/serviço fim ou contínuo?
  6. O que vai gastar com isso?
  7. É um bom negócio?

Quando passar por essa prova de fogo e ver que tem algo bom, e que naturalmente fez alguns ajustes ao longo dela os seus pulmões vão encher-se de motivação

Você conhece alguém com boas ideias? 

Ajude essa pessoa, quem sabe ela nunca seguiu adiante ou até já falhou por não saber avaliar. Compartilhe esse artigo com pessoas que podem estar precisando disso e comente a sua experiência empreendedora.  

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