O uso de Inteligência Artificial (IA) no recrutamento já não é apenas tendência global, mas uma realidade em Portugal. Triagem automática de currículos, chatbots para entrevistas iniciais e algoritmos que avaliam competências em segundos estão a transformar os processos de seleção. Contudo, estas ferramentas levantam dilemas éticos e estratégicos que se tornam mais críticos quando o objetivo é atrair a Geração Z, uma geração que valoriza clareza, experiências digitais simples e maior proximidade humana.
É neste contexto que a Magma Studio, consultora de gestão de talento, recomenda às empresas que pretendem atrair e reter talento jovem uma maior preocupação com a transparência no processo de recrutamento, com auditoria contínua dos algoritmos, presença humana nas fases críticas, empatia digital no desenho da experiência do candidato e capacitação das equipas de Recursos Humanos para interpretar e questionar as ferramentas tecnológicas.
Miguel Gonçalves, CEO da Magma Studio, afirma que “só quem souber unir inteligência artificial com inteligência humana conquistará esta geração”. Para a consultora, os algoritmos, sozinhos, não contratam: é necessário aliar inovação tecnológica com ética, inclusão e proximidade.
Alinhada com a sua missão de aproximar a Academia da Economia e antecipar tendências no mercado de trabalho, a Magma Studio lançou, em parceria com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), o Estudo de IA, que traça um retrato nacional sobre a adoção de inteligência artificial nas empresas portuguesas.
Com este alerta, a Magma Studio quer lançar o debate em Portugal sobre o impacto real da tecnologia nos Recursos Humanos, defendendo que o futuro do recrutamento deve equilibrar eficiência com inclusão e dados com empatia.