Portugal ocupa o 23.º lugar no Work-Life Balance Index 2025, com uma pontuação de 40,96/100, 1 716 horas de trabalho anuais e cerca de 4 horas de lazer por dia, revela a TradingPlatforms.
O relatório elaborado pela TradingPlatforms, que compara 30 economias desenvolvidas utilizando dados da OCDE e do World Happiness Report, posiciona Portugal em 23.º lugar no Work-Life Balance Index 2025, com uma pontuação de 40,96 pontos em 100. Portugal regista uma média de 1 716 horas de trabalho por ano por trabalhador, um valor superior ao de muitos países europeus como Espanha (1 634 horas) ou França (1 491 horas) e apenas cerca de quatro horas diárias de lazer, o que coloca o país entre os que dedicam mais tempo ao trabalho em vez do descanso. O rendimento disponível anual dos portugueses incluídos no estudo ronda os 28 581 euros.
O relatório destaca ainda que Portugal oferece cerca de 34 dias de férias remuneradas (incluindo feriados), situando-se próximo à média dos países europeus. O tempo médio de deslocação entre residência e trabalho em Portugal é inferior a 50 minutos por dia, um valor moderado dentro do grupo.

Os autores do estudo sublinham que os melhores desempenhos em equilíbrio entre trabalho e vida pessoal combinam jornadas anuais mais curtas com maior tempo dedicado ao lazer, maior rendimento disponível e sistemas de bem-estar robustos. Países nórdicos como Finlândia, Noruega e Dinamarca lideram o índice, com pontuações superiores a 70. Portugal, apesar de ter um número de férias e deslocações relativamente favoráveis, fica penalizado pelo número elevado de horas de trabalho e pelo reduzido tempo de lazer diário.
Para empresas portuguesas e gestores de recursos humanos, este conjunto de indicadores sugere uma oportunidade de diferenciar-se através de políticas internas que promovam maior flexibilidade, redução de horas improdutivas e valorização do tempo livre dos colaboradores. Em setores intensivos em capital humano, como tecnologia, retalho e serviços, a adoção de modelos híbridos, melhoria da eficiência operacional e valorização do tempo pessoal podem contribuir para aumento da satisfação, retenção e produtividade.







