Comprar e arrendar casa em Portugal continua a ficar mais caro. De acordo com os dados do índice de preços do idealista, os valores médios por metro quadrado registaram aumentos significativos tanto na aquisição como no arrendamento de habitação, confirmando a pressão crescente sobre o mercado imobiliário nacional.
Entre maio de 2024 e maio de 2025, o preço mediano de compra aumentou 7,4%, fixando-se nos 2.851 euros por metro quadrado. No mesmo período, o custo do arrendamento subiu 4,4%, atingindo os 16,8 euros por metro quadrado. Esta tendência de valorização mantém-se igualmente ao nível trimestral, com uma variação de 4% na compra e de 2,4% no arrendamento.
As maiores subidas no mercado de compra foram registadas em Beja (28,8%), Ponta Delgada (19,2%) e Setúbal (18,7%), enquanto Lisboa se manteve como a cidade mais cara, com 5.720 euros/m². Também Porto e Funchal superaram os 3.500 euros/m². Em sentido contrário, os preços recuaram em Viseu, Viana do Castelo e Castelo Branco. A Grande Lisboa consolidou-se como a região mais dispendiosa para adquirir habitação, com um valor médio de 4.020 euros/m², seguida do Algarve, da Madeira e da região Norte.
No arrendamento, destacaram-se as subidas em cidades do interior como Viseu (14,9%), Leiria (10,8%) e Braga (10,2%). Lisboa lidera o ranking nacional com 22,4 euros/m², seguida pelo Porto (17,8 euros/m²) e Funchal (15,3 euros/m²). Cidades como Castelo Branco, Viseu e Viana do Castelo mantêm-se entre as mais acessíveis, com rendas abaixo dos 9 euros/m². Ao nível distrital, Coimbra registou o maior aumento anual (26,2%), e Beja foi o único distrito onde se verificou uma descida das rendas (-2,4%).
Em ambas as vertentes, a tendência de subida foi transversal ao país, com particular incidência nos arquipélagos e no interior. Nos Açores, os preços de compra aumentaram 20,8% e, no caso do arrendamento, o Centro liderou com uma variação de 13,1%.
Os dados do idealista baseiam-se nos anúncios publicados na sua plataforma, aplicando filtros rigorosos para eliminar valores fora de mercado ou com pouca interação. As medições consideram o valor mediano por metro quadrado, abrangendo também moradias unifamiliares.