Menos de 1% dos Unicórnios Alcançam a Fasquia de Mil Milhões de Dólares em Receitas

Ilustração de Pikisuperstar em Freepik

Segundo um recente relatório divulgado pela Bain & Company, uma consultora estratégica global, menos de 1% das empresas unicórnio – aquelas cuja a avaliação é superior a mil milhões de dólares – conseguem atingir a marca de mil milhões de dólares em receitas e fluxo de caixa.

O estudo abrange quase 2.500 empresas fundadas nos últimos 20 anos, tanto cotadas em bolsa como não cotadas, que conquistaram a designação de “unicórnios” devido às suas avaliações extraordinárias. No entanto, a Bain & Company destaca a necessidade urgente de estabelecer novos padrões para analisar corretamente o desempenho dessas empresas, indo além da mera avaliação.

Embora atingir uma avaliação de mil milhões de dólares seja um feito notável, especialmente com o apoio dos fundos de venture capital, o relatório sublinha que menos de 1% dessas empresas unicórnio consegue atingir esse valor em receitas e fluxo de caixa, uma tarefa mais desafiadora.

A consultora classifica as empresas que atingem os três objetivos de mil milhões de dólares, em avaliação, receitas e cash-flow – como “insurgentes consolidados”. O estudo destaca a importância de construir uma posição de liquidez robusta, afirmando que essas empresas teriam não apenas atraído uma ampla base de clientes, mas também reinvestido no crescimento a longo prazo, estabelecendo-se como líderes de mercado.

O relatório revela que apenas 15 das empresas analisadas conseguiram atingir este feito notável. Com um valor de mercado combinado de 2,3 mil milhões de dólares, essas empresas destacam-se pelo impacto profundo nas suas indústrias e na economia global. Entre as 15, oito são chinesas, cinco estão sediadas nos EUA, e apenas duas são europeias: BioNTech e Jazz Pharmaceuticals.

A Bain & Company destaca que a atenção deve ser redobrada para as empresas que podem em breve atingir esses objetivos, pois elas estabelecem padrões para o mercado e apresentam crescimento sustentável. Álvaro Pires, sócio da Bain & Company, enfatiza a importância de construir empresas financeiramente robustas, não apenas atrativas para investidores, enquanto Cira Cuberes, sócia da consultora, sublinha a relevância dessas empresas como referências para empresários e a comunidade de investidores.

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