Ranking das Melhores Cidades para Trabalhar: Capitais Nórdicas Lideram, Lisboa em 19º Lugar

Estudo da Blueground classifica cidades com melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional em 2024, com destaque para Helsínquia, Oslo e Copenhaga.

Foto de @katemangostar em Freepik

Um estudo conduzido pela Blueground, um fornecedor global de alugueres mobiliados e flexíveis, avaliou as cidades em todo o mundo que melhor promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A análise teve em conta fatores como intensidade de trabalho, apoio institucional, legislação e habitabilidade. As capitais nórdicas, Helsínquia, Oslo, Copenhaga e Estocolmo, lideram o índice, Lisboa classificou-se em 19º lugar.

O estudo elaborou um índice de 17 fatores que determinam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional de 75 cidades no mundo todo, reconhecendo aqueles que incentivam um equilíbrio saudável direta e indiretamente por meio de políticas e infraestrutura urbana.

Na maioria dos índices a capital portuguesa posiciona-se na primeira metade, mas nas categorias que tradicionalmente são apontadas como vantajosas em Lisboa, como Segurança, Qualidade de Vida e Qualidade do Ar, não passa do 25º lugar.

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Legislação e Condições de Trabalho Melhor na Europa

Em diversos países europeus, como Bélgica, Austrália, França e Portugal, foram introduzidas legislações para garantir o direito dos trabalhadores à desconexão fora do horário de trabalho, assegurando um maior equilíbrio entre as exigências profissionais e o tempo pessoal. Lisboa lidera o Direito à Desconexão e está no topo das políticas de Inclusão e Tolerância.

O estudo destaca também a redução dos níveis de sobrecarga de trabalho em várias cidades desde a pandemia da COVID-19, nomeadamente em Tóquio, onde a proporção de trabalhadores com excesso de horas semanais caiu de 20% para 17%. Contudo, centros económicos como Dallas, nos EUA, ainda registam uma elevada taxa de funcionários sobrecarregados, com 12,1% dos trabalhadores a excederem as 48 horas semanais.

A sobrecarga de trabalho e baixos salários representam uma fonte de stress significativa para trabalhadores em cidades como Cidade do Cabo, Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México, afetando negativamente a sua classificação no índice. Em contraste, cidades como Singapura, Zurique, Dublin e Dubai destacam-se por oferecerem baixos níveis de desemprego e salários elevados, fatores que contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável.

O estudo também analisa as necessidades de diferentes grupos de profissionais, considerando índices específicos para jovens profissionais e trabalhadores com obrigações familiares. Para os mais jovens, Luxemburgo, Zurique e Glasgow lideram as preferências, enquanto as capitais nórdicas mantêm uma posição de destaque para trabalhadores com famílias, beneficiando de políticas de apoio e licenças parentais generosas.

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Férias e Qualidade de Vida em Diferentes Regiões

O número de dias de férias também é um fator relevante para a qualidade de vida dos trabalhadores. Em cidades como Helsínquia, Barcelona, Madrid, São Paulo e Rio de Janeiro, os trabalhadores beneficiam de até 30 dias de férias anuais, contrastando com cidades norte-americanas como Los Angeles e Washington DC, onde os residentes têm uma média de apenas 7 a 8 dias de férias por ano.

O índice, que avaliou 75 cidades, foi concebido para ajudar as metrópoles a entender como podem melhorar o suporte à vida dos seus residentes, especialmente no que diz respeito à gestão do stress e da intensidade do trabalho. O estudo sublinha a crescente importância do autocuidado e da gestão do tempo, num cenário global onde as taxas de esgotamento profissional estão em alta e as expectativas sobre um ambiente de trabalho equilibrado nunca foram tão relevantes.

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