A Pipedrive apresentou a sexta edição do State of Sales and Marketing Report 2025, um estudo que inquiriu 948 profissionais em 85 países e que analisa o impacto da inteligência artificial, as tendências laborais e a evolução do setor das vendas. As conclusões apontam para uma realidade clara: a produtividade não depende apenas da tecnologia, mas sobretudo de modelos de trabalho mais equilibrados e sustentáveis.
Segundo o relatório, três quartos dos profissionais de vendas fazem horas extraordinárias, mas essa dedicação adicional não se reflete em melhores resultados. Pelo contrário, está a gerar fadiga, baixo rendimento e desequilíbrio. “Existe uma clara desconexão entre as horas trabalhadas e as metas atingidas. Não se trata de trabalhar mais tempo, mas de trabalhar melhor”, afirmou Paulo Cunha, CEO da Pipedrive.
O estudo destaca que equipas com semanas de trabalho de quatro dias têm 8% mais probabilidade de atingir objetivos, registando maior satisfação e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Em contraste, os colaboradores que fazem horas extra sistemáticas apresentam pior desempenho. A tendência é mais notória entre os jovens entre os 18 e os 25 anos, que demonstram maior capacidade de definir limites saudáveis.
A inteligência artificial surge como aliada no setor: 74% dos profissionais que a utilizam referem aumento da produtividade e 67% indicam ganhos de tempo de até cinco horas por semana. No entanto, a adoção permanece limitada – apenas 37% das equipas de vendas e 41% das de marketing integram a IA nos seus fluxos de trabalho. Entre os receios identificados, 60% dos inquiridos apontam a substituição de empregos e até 40% sublinham preocupações com segurança e privacidade.
Ainda assim, mais de metade (53%) acredita que a formação é a melhor forma de reduzir a ansiedade em torno da tecnologia. Para a Pipedrive, o futuro passa pela combinação de ferramentas inteligentes com modelos laborais saudáveis, capazes de promover motivação, bem-estar e resultados sustentáveis.